quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

domingo, 20 de dezembro de 2009

YOMANGO, ou "a arte de dar a elza"...


Quem melhor para ser garota-propaganda do movimento?

Calma, isso não é revolta pelo natal (embora, se fosse outro, eu poderia usar esse argumento) ou influência de nosso digníssimo governador do DF, mas trata-se de um movimento de contra-cultura e guerrilha cultural no qual o principal mote contra o sistema é a arte dos pequenos furtos – ou, como eles próprios chamam, a “Sabotagem divertida contra o capitalismo”. Ao fazer isso, os “yomangantes” (adeptos do yomango que, numa tradução mais direta, significa “eu roubo”) propõem a livre circulação de objetos, a reapropriação e o questionamento direto (se não “provocador”) à globalização – segundo eles, uma evolução do sistema capitalista opressor de décadas atrás.

O engraçado é que, ao ler o Livro vermelho do Yomango (sim, eu não poderia falar do Yomango sem pesquisar um pouco antes), você encontra não só referências ao socialismo e à luta de classes, como também à teoria da sociedade hiperindustrial do Bernard Stiegler (amo!), ou seja, eles tem algum embasamento teórico pra fundamentar suas ações embora – pessoalmente – mesmo achando divertido, não acho que legitimar algo que já é difundido (mesmo que inconscientemente) na população seja de muita valia na mesma luta de classes; seria a mesma coisa que teorizar e tentar legitimar as pequenas sabotagens do Clube da luta no referido filme (embora isso seja EXTREMAMENTE tentador àquele pedacinho de consciência Fênix que fica no fundo da cabeça de cada um dizendo para destruir o que não funciona mais e criar algo novo).

Opinião pessoal? Oficialmente não aprovo e nem condeno, afinal – mesmo sabendo que é um “crime” ou “errado” – todos já se pegaram furtando uma ou outra coisinha por ali: o jornal do vizinho, um batom nas Lojas Americanas, um trocadinho a mais daquele cobrador de ônibus (grosso e) desatento ou um copo do Beirute (reza a lenda que algumas pessoas já conseguiram formar jogos de copos roubados do referido bar e dar de presente, por aí... finíssimos!).

Ah, sim... e antes que me perguntem se os políticos daqui (hello Brasília) são adeptos do movimento, não encontrei qualquer citação no livro sobre panetones, extorsões ou capital público, mas se quiser procurar por conta própria, é só clicar aqui ou visitar o site deles!

E pra quem quiser acompanhar as intervenções públicas e outros baphos, há alguns vídeos como esse pelo youtube, é só digitar “yomango”.



Hasta!

sábado, 19 de dezembro de 2009

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

And so this is Christmas... (FUCK!!!)



E começou a palhaçada do Natal... Sei que muitos reagirão a essa frase dizendo coisas como “Mas o natal é época de paz!” ou “É época de abrir o coração!”, entre tantas outras frases-feitas. Ok, então permita-me ser extremamente franco, caro leitor: Se realmente queremos um mundo melhor (como quase todos afirmam), então NÃO existe uma época determinada para ser legal com os outros e cultivar a paz; essa é uma postura que poderia ser aplicada todos os dias. Você NÃO é obrigado a dar presentes caros para mostrar a uma pessoa que gosta dela (embora eu também seja chegado a dar um outro agrado pros meus amigos de vez em quando... mas ainda sim de forma espontânea!) e NÃO, eu não gosto do Papai Noel, desde que eu constatei que ele foi totalmente ressignificado e que a única magia que movimenta seu trenó, a fábrica e tudo o mais é a financeira (e eu realmente acreditava nele quando era pirralho).

Amargo? Talvez o termo seja “sem paciência” mesmo... Sem paciência para os protocolos, sem paciência para a obrigação de estar feliz e sorridente e camarada e – sobretudo – sem paciência para, à meia-noite, abraçar algumas pessoas que eu odeio e ter que sorrir e dizer que, na verdade, eu as amo (franqueza definitivamente não é algo apreciado nessas horas... falo por experiência própria); saio me sentindo mentiroso, sujo... Enfim, essas são situações e opiniões pessoais, variam muito de pessoa pra pessoa. No fim, só queria dizer aos parentes/amigos/conhecidos/pessoas-que-dão-de-cara-comigo-na-rua que, caso me encontrem de mau humor, não é nada contra vocês (depende da pessoa), nem contra o mundo (depende do dia); apenas contra os superficiais protocolos natalinos vigentes... e que, se quiserem me dar um presente, amizade e sinceridade (é, eu sei que é um item em falta no mercado) são muito bem-vindos! =D

No mais, a gente vai levando o ano (ou o que resta dele)...

Hasta!

PS: Tô até me sentindo mais leve depois dessa... #prontofalei

domingo, 13 de dezembro de 2009

A civilidade e o condicionamento

Ontem fui na formatura (no Jardim de Infância) do meu irmãozinho; aquela coisa bem festa escolar infantil: crianças fazendo pose de adultos, adultos tendo ataques de fofura com as crianças, coral, visita do Papai Noel, valsa e até uma improvisação de boite (com direito a um remix de “Florentina de Jesus”). Tudo bem dentro dos conformes, pra agradar aos pais e familiares. Mas, durante a hora cívica (sim, ela voltou), não pude deixar de notar a letra do - relativamente recentemente composto - hino do município de Valparaíso de Goiás (onde, aliás, eu meio que moro... longa história). Segue a pérola...

No Centro-Oeste uma estrela já brilhou,
Num paraíso o vale ela transformou,
Com fé em Deus todos nós somos irmãos,
Valparaíso é teu o nosso coração.

No azul do céu o teu pavilhão desfralda,
Teu verde lembra a cor da esmeralda,
Com graça e fibra o povo de Goiás,
Rumo ao futuro, ao progresso e à paz.

Teu povo é desse chão verde-amarelo,
Orgulho de um país tão grande e belo,
O sol cativo dá ao vale a bonança,
E abre as portas a um amanhã de esperança.

Tua bandeira é meu manto sagrado,
Terra vermelha, o meu torrão amado,
Valparaíso tu és forte, varonil,
Irmão da capital do meu Brasil.

(letra de Esmael Lopes)


Calma, não vou fazer uma crítica musical ou coisa do gênero (além do meu conhecimento musical ser ridículo, isso é um hino municipal), mas achei engraçado ao ver numa composição tão recente (e cívica), valores tão parciais, como o uso da palavra “varonil” (que é relativo a “varão”, ou seja, “homem”) como sinônimo de força ou a menção religiosa - mesmo que mínima (pode me chamar de chato, “cri-cri” ou wathever, mas ainda sou radicalmente contra qualquer envolvimento entre Estado e religião). Enfim, criticas à parte - até porque elas são inúteis, visto que esses detalhes são apenas reflexos da nossa cultura (infelizmente) -, o que realmente me chamou a atenção era que eu parecia ser o único, em todo o recinto, a prestar atenção à letra; estavam lá pais e educadores e ninguém parecia se importar com isso (ou em como as crianças poderiam – caso o fizessem – absorver isso tudo).

Lembro que – na antiga 3ª série – certa vez a professora nos fez ler o Hino Nacional e o explicou verso por verso para que, além de respeitá-lo, também o compreendêssemos (e, cara, como eles eram otimistas!) e isso fez bem... Pelo menos da minha parte me fez notar que não dá pra você simplesmente seguir e/ou respeitar e/ou adorar algo (como os mais exaltados fazem) sem ter uma noção mínima de seu significado; do contrário se torna a simples repetição por repetição. Iconizar uma música (ou qualquer outra coisa) sem levar em conta a força de suas palavras é esvaziá-la, torná-la oca e reluzente e quebradiça como uma jarra de cristal ou uma bolha de sabão.

Estaria a consciência fora de moda ou é apenas outro reflexo infeliz da nossa cultura?



Hasta!

sábado, 12 de dezembro de 2009

domingo, 6 de dezembro de 2009

Doctor... WHO???

Viajar pelo tempo e espaço numa minúscula cabine, ocasionalmente corrigindo falhas e constantemente se metendo em confusão... será que pra você, caro leitor, essa premissa é familiar?


Keanu (ho)Reeves no seu papel mais autêntico... o dele mesmo!

Sim, eu sei, mas não se preocupe que esse post não será dedicado aos “metaleiros da pesada” ou ao carequinha pseudocool que os aconselhava, mas a algo mais antigo (olha que esses dois eu já tive que desencavar de algum lugar do túnel do tempo) e que – reza a lenda – inaugurou a era da ficção científica na TV: Doctor Who.

QUEM???
(haha... trocadilho infame)

Apesar de não ser muito conhecida no Brasil (quase nada, na verdade), essa séria goza de imensa popularidade na Grã-Bretanha, além de deter o título de ser a primeira série de ficção científica na TV. Produzida em 1963 pela BBC (e com o intuito inicial de ser um programa educativo), a série conta a história de um alienígena (o Doutor) que viaja pelo tempo e espaço a bordo de uma cabine policial inglesa (o dispositivo de camuflagem da nave travou nessa forma e dela não mais saiu) e que tem a incrível zica, digo... sorte de aterrissar nos lugares nas piores horas imagináveis, o que consequentemente o leva a se envolver em aventuras e crises e intrigas políticas e tudo o mais. Apesar dos efeitos especiais precários, a série logo alcançou grande popularidade por seus roteiros altamente inventivos e criativos, o que possibilitou sua exibição por 26 temporadas (1963 – 1989).

Uma curiosidade que vale ser mencionada é que, por se tratar um personagem de natureza alienígena (e de grande sucesso), o Doutor tinha, entre outras habilidades, a capacidade de se regenerar quando mortalmente ferido (ou o ator já estivesse mortalmente cheio do papel), o que – até o momento – já lhe rendeu 10 “encarnações” diferentes (sendo, a última, a minha preferida). Em 2005, a BBC resolveu produzir uma nova série do Doutor, trazendo-o para os novos tempos (e melhorando muito os efeitos especiais, diga-se de passagem), e confesso que estou vi-ci-a-do nesse seriado! Os argumentos são bons, as histórias são realmente inventivas e é muito bacana vê-los reaproveitando elementos da série clássica do jeito que estão fazendo e misturando citações pop, como por exemplo, a gatuxa Lady Cassandra, o “ser humano” mais magro, elegante e plástico do ano 5.5/maçã/26 (5 bilhões de anos no futuro).


Inhaiii!!!!

Para 2010, pelo que andei pesquisando (eu já disse que nerd é um bicho maldito, né?), os produtores da série já estão trabalhando numa nova TARDIS (a nave/cabine policial/cafofo que viaja no tempo) e numa nova “encarnação” para o bom Doutor...


Esse estilo “Mamãe-sou-emo” não tá me agradando, mas – pensando bem – já teve coisa pior...


(...trazendo alegria pra você e pro vovô...)

Anyway, se a série continuar com a mesma qualidade, continuarei assistindo até a coisa decair (ou minha empolgação volátil se esvair, o que vier primeiro...). Para os curiosos, não há previsão de lançamento dos DVDs no Brasil (que merda, hein?), MAScontudotodaviaentretantoPORÉM quem quiser – e tiver uma boa conexão - pode conseguir os episódios da nova série (e alguns clássicos) no Universo Who.

Hasta!

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Wonderland? Shamballa?



Imagine, caro leitor, uma cidade no meio do deserto de Nevada, nos Estados Unidos. Uma cidade de paz, liberdade, confraternização e troca de idéias, onde toda forma de expressão é válida, onde a criatividade no ar é quase tangível (e, em boa parte das vezes, realmente é) e onde o comércio não tem vez pois (pasme!) tudo funciona num sistema de trocas e favores. Você deve estar pensando em algo como “Utopia” (ou “Babilônia”, dependendo da sua formação ético-religiosa), né? Errado, pois esta é Black Rock City, lar do Burning Man Festival.

Ahn??? ComassimVanusa???
(Sim, eu prefiro “Vanusa”, é mais patriótico, mas enfim...) =D

Há toda uma mitologia em torno desse festival anual, tanto que, na primeira vez em que ouvi sobre ele, me foi relatado como “o lugar onde você realmente verá de TUDO!” e – pesquisa aqui, pesquisa ali – descobri que se trata de um grande festival cultural. Não apenas grande, mas GRANDE, caro leitor, tanto que Black Rock City (a cidade de 45 mil pessoas que abriga o evento) só existe nos 8 dias de festa, sendo que – ao final – há um compromisso mútuo de que não reste qualquer vestígio de presença humana ali até a próxima reunião (ou seja, um ano depois). O que rola nesse meio tempo (além de arte, música, bebidas, exoticidades e etc)? Well, veja por si mesmo...











"Queeeeima, Soraia!!!!"


Bom, por mais imagens que eu mostre, acho que não conseguirei passar nem um vislumbre do que deve ser esse festival (não, nunca fui, mas já decidi que não posso morrer sem ir lá antes), então para quem estiver de passagem por Nevada entre os dias 30 de agosto e 06 de setembro do ano que vem, fica a dica!

Se quiser saber mais, eles também tem um site oficial e volta e meia alguém posta (várias) fotos e alguns vídeos na net, como esse...



Reiterando: Eu não posso morrer sem conhecer esse lugar!!!

Hasta!

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

sábado, 28 de novembro de 2009

Ai, que preguiça...



Não sei porque, mas – aparentemente – depois de terminar Macunaíma eu aprendi a bela, sutil e nada-prática arte de procrastinar (sim, aquele bichinho do qual meus amiguinhos vivem reclamando no Twitter resolveu me mordiscar também... niiiice! ¬¬”). Não que a preguiça seja algo incontestável e absolutamente negativo, claro; quem trabalha com criação sabe muito bem disso (e do contrário Drummond não teria dito que “A vida necessita de pausas”... adoro essa frase!), mas quando ela começa a interferir e anular seus planos/projetos/idéias... bem, digamos que é porque a coisa ta feia, colega!

Vergonhosamente eu me encontro nesse estado nas últimas semanas. Culpa do “retiro” forçado por causa do joelho? Talvez... não nego mesmo; talvez eu seja desses que só funcione sob alguma pressão (hm... isso não soou legal, abstrai), o que me leva a admitir – coisa que eu não queria, dada minha recente sorte “Isaurica” – que, de certa forma, aquela rotina corrida da UnB me faz uma boa falta.

Talvez eu ainda tenha que aprender a equilibrar a calma e a correria, talvez eu tenha que aprender a selecionar melhor os meus projetos, talvez eu tenha que aprender a não me render assim à estagnação, mas – principalmente – talvez eu tenha que voltar a demonstrar alguma força de vontade (e aprender a escrever também... esse post ficou medonho)!!!

Teria a procrastinação, alguma relação com a melancolia? Isso me veio agora...



Hasta!

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

I may be paranoid...



Não importa em que estágio da vida eu me encontre, ou com que humor ou variação de ânimo, esperança ou o escambau... eu sempre e sempre e sempre e sempre e sempre (e sempre) acabo voltando pra essa música.

Hasta!

domingo, 22 de novembro de 2009

Smiiiile.....

"Why so serious, honey?"


“Eu sou um pobre homem, de um país pobre, então eu tenho que ser engraçado o tempo todo”
Nam June Paik

E há quem diga que os brasileiros não se levam a sério... Well, independentemente dos clichês e das críticas à falta de noção (do tipo “como você consegue rir de uma coisa dessas?” ou “quanta maldade!”), vamos e convenhamos...

Se, na tragicomédia em que vivemos, não pudermos dar uma risada de vez em quando... que graça tem estar nesse mundo?

Hasta!

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Aos artistas/pesquisadores de plantão...



SELEÇÃO DE PROPOSTAS PARA INTERVENÇÕES URBANAS

A história, a repercussão e os desdobramentos da arte contemporânea brasileira estarão em debate no seminário “Marginais-Heróis: 50 anos do Manifesto Neoconcreto”, que acontece nos dias 2, 9 e 16 de dezembro, no Centro Cultural Banco do Brasil, no Rio de Janeiro. O evento comemora os 50 anos do Neoconcretismo no Brasil com a publicação do Manifesto Neoconcreto, no Jornal do Brasil, e a abertura da 1ª Exposição de Arte Neoconcreta, no Museu de Arte Moderna (MAM/RJ), em 22 de março de 1959.

Passados 50 anos, artistas, pesquisadores, críticos e professores de arte se encontram para avaliar as contribuições e as repercussões do Neoconcretismo para o pensamento estético e as práticas artísticas atuais no Brasil. A abertura será no dia 2, às 18h, com a projeção do vídeo “Neoconcretos”, da artista Kátia Maciel, seguida de debate com o poeta Ferreira Gullar e Fernando Cocchiarale, curador do MAM.

O seminário prossegue no dia 9, com as participações dos pesquisadores Mônica Almeida Kornis (FGV) e Paulo Sérgio Duarte (UCAM) na mesa sobre história e contexto da arte. Em seguida, os professores e críticos Luiz Sérgio de Oliveira (UFF) e Paulo Venâncio Filho (UFRJ) continuam a discussão sobre o movimento. No dia 16, as repercussões e os desdobramentos da arte neoconcreta estarão em destaque em dois momentos, sendo o primeiro debate com as professoras Suely Rolnik (PUC-SP) e Sonia Salzstein (USP); seguido por Roberto Conduru (UERJ) e Sylvie Coëllier (Université de Provence, França).

Com o intuito de fortalecer e estimular as discussões propostas pelo seminário “Marginais-heróis”, estamos buscando artistas que se interessem em fazer parte do projeto. A intenção é a de abrir espaço para artistas que se proponham a realizar intervenções urbanas na véspera e ao longo do evento.

Para isso, procuramos trabalhos que estejam diretamente ligados às propostas do movimento artístico que será debatido no evento, sendo a principal delas a interação com o público. Serão aceitas propostas de qualquer natureza, como instalações interativas, performances, etc.

Destacamos que não será possível a remuneração, nem custeio dos trabalhos selecionados, porém acreditamos que a oportunidade será de grande valia para o evento, por agregar valor a proposta e, principalmente, por abrir espaço para a produção artística nacional. Além disso, é importante ressaltar que as intervenções realizadas resultarão em experiências de importância inquestionável para os artistas envolvidos, principalmente aos mais jovens, pois proporcionará visibilidade para os seus trabalhos, além de possibilitar o exercício do fazer artístico e da interação com o público.

O artista interessado deverá encaminhar para o e-mail: marginais-heróis@gmail.com um pequeno projeto com detalhes do trabalho, até o dia 25/11/2009 para apreciação e um breve currículo.

Ressaltamos que o trabalho não precisa, necessariamente, ser concebido especialmente para o evento. Aceitamos propostas que já tenham sido realizadas num passado próximo e que constem no currículo do artista.

Contamos com o seu trabalho e acreditamos nos benefícios que as intervenções possam gerar para todos os envolvidos: evento, artistas e público.

Para saber mais informações sobre o evento:

www.marginaisherois.blogspot.com

twitter.com/marginaisherois

Qualquer dúvida, entrar em contato com:


Burburinho Cultural
2233-6879
www.burburinhocultural.com.br
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É, eu sei que tá MUITO em cima da hora e não há um retorno que interesse os"mais práticos" (leia "os e$$encialmente capitali$ta$"), mas recebi esse e-mail hoje, e acho que pode ser uma experiência válida para quem se interessar em (e puder)participar. De qualquer forma, fica a dica.

Hasta!

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Gaga, a TV e eu

Domingo passado, no Fantástico, dei de cara com uma entrevista com Lady Gaga. Tudo bem, tipo “Finalmente descobriram que a mulher existia, né?”, mas até aí é o Fantástico e foi-se (a muito) o tempo em que falavam alguma novidade. Anyway, o resultado foi que dei de cara com uma entrevista/matéria (mais matéria do que entrevista em si) pré-mastigada, superficial e rotulante (ela é a “nova-e-excêntrica-garota-do-pop-que-quer-imitar-Madonna”); de novo, nenhuma surpresa: É o Fantástico, é a Globo, é o jornalismo de variedades televisivo brasileiro.

(plim-plim!)

Mas eis que – passando hoje pelo Lady Gaga Zone (o povo me inventa cada nome...) – dou de cara com a entrevista completa e legendada (er... já disse que meu inglês perde feio pro de um imigrante ilegal mexicano, né? Não dissse? Pois é, to dizendo agora, disfarça... ^^”). Enfim, eis o(s) vídeo(s)...





Desnecessário dizer que a entrevista na íntegra dá de 10 a 0 naquela exibida em cadeia nacional, né?

Isso me fez pensar (ou melhor, relembrar, porque já venho pensando isso a um bom tempo) na forma com que a TV trata os espectadores (porque convenhamos que os minutos que eles cortaram dessa entrevista são muito mais interessantes que saber como fulano e beltrano gastaram o tempo presos no elevador durante o apagão... hahaha, como se a Globo fosse exibir isso!). Enfim, foi-se o tempo em que a televisão era a principal formadora de opinião pública; ou pelo menos isso desde o advento e popularização da internet. Os costumes mudaram, o povo mudou e - muitas vezes - dou de cara com uma mídia estagnada que ainda insiste em tratar seu espectador como gado (e consequentemente perco a paciência, já que nunca fui muito chegado em ser subestimado). Claro que eu não vou generalizar e dizer que toda a população brasileira é informatizada e dona de um forte senso crítico (do contrário já teria banido todas as televisões aqui de casa), mas confesso que é putaquecaralhomente broxante ver aqueles que dependem tanto do povo fazer tão pouco caso dos mesmos (se quiser fazer um link disso pra outra casta, esteja à vontade, caro leitor, até porque ano que vem é ano eleitoral, vale ressaltar).

Enfim, também poderia falar da punhetação de ego que rola na TV e que é outra causa de indescritível frustração, mas deixo isso pra outro post (pra não perder o foco).

Você também já se sentiu subestimado pela mídia?

Hasta!

sábado, 14 de novembro de 2009

Brincadeirinha

Porque não basta ser bacana, há que ser existencialista também!

LEGO é pop, LEGO é infância, LEGO é amor, LEGO é um monte de coisas bonitinhas e criativas e, ultimamente, é também o meu sonho de consumo (juro que esquecia meus problemas com aniversário se alguém me desse um balde de LEGO nesse último). Eu tinha um baldão cheio de pecinhas quando criança e criava mil e uma coisas com ele; o mundo podia acabar que eu não estava nem aí (o que é um mundo pra quem pode construir vários? Hahahahaha), mas enfim... infelizmente ele foi passado pra minha renca de irmãos e continua desaparecido até hoje. Pena.

(Até porque não se vendem mais baldes como aquele. Agora – quando não são os jogos eletrônicos – são kits temáticos e/ou ultra-tecnológicos, onde cobram o olho do cú por cada tijolinho. Males da popficação, meus caros...)

Enfim, pulando a parte nostálgica e bonitinha onde declaro publicamente meu amor pelos tijolinhos coloridos (se alguém falar que é por causa da idade, apanha!), esses dias dei de cara com a galeria de um cara no Flickr que – entre outras coisas – recriou fotos célebres com bonequinhos de LEGO. O resultado?









Isso fora outras composições bem legais envolvendo peças de Lego e fotos fodásticas. O link pra quem curte essas coisas bonitinhas e descompromissadas? É esse aqui, ó!

Hasta!

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Bad Romance

Vocês viram? VOCÊS VIRAM???



(não sou de fumar MAS... alguém me passa o cigarrinho, por favor?) =P~~

Hasta!

Direto do túnel do tempo...



Estereoscopia é um fenômeno natural que ocorre quando uma pessoa observa uma cena qualquer. A estereoscopia é a simulação de duas imagens da cena que são projetadas nos olhos em pontos de observação ligeiramente diferentes, o cérebro funde as duas imagens, e nesse processo, obtém informações quanto à profundidade, distância, posição e tamanho dos objetos, gerando uma sensação de visão de 3D.
[Wikipédia]


Texto chato-e-didático à parte, é só para dizer que vi esse post fodástico no Update or Die! e tinha que postar aqui: alguém teve a excelente idéia de transformar antigos estereogramas (se não for esse o termo exato, problema!) das fotografias de T. Enami sobre o Japão antigo em GIFs animados. Os resultados? São esses aí!



"Ai, amiga, essa história de estereoscópio é tão século passado..."


Pra quem quiser ver mais, é só ir no Stereoviews of Old Japan.

Hasta!

PS: Se as imagens não se mexerem, a culpa é do pseudo-blogueiro-novato que vos fala mesmo... mas qualquer coisa, ainda tem o link aí em cima, ok? ^^"

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

A imaginação no poder

Sei que é notícia velha, mas só ontem consegui dar uma escapada pra ver o que tava rolando no CCBB e, chegando lá, dei de cara com a mostra de um artista chamado Gérard Fromanger.

Já ouviu falar? Porque (pra minha vergonha) eu juro que nunca nem ouvi o nome.

Enfim, eu poderia discorrer sobre a (longa) história dele aqui e suas motivações políticas, mas tanto eu sou uma negação escrevendo quanto poderia estragar o impacto visual inicial do nobre (e raro) leitor com possíveis interpretações e significações (isso é o meu jeito fino de sugerir que você pesquise depois porque eu tô com preguiça de explicar aqui, ok? Disfarça...); então vamos às imagens! ^^"











(acho que eu ganhei um novo ídolo) =P

E, pra quem está ainda está boiando, a mostra vai até o dia 15 de novembro no CCBB [Centro Cultural Banco do Brasil - Caminho Clubes Esportivos Sul, trecho 2, lote 22 ou (61)3310-7087, ok?]; pra quem gosta de pintura é um bom programa!

Hasta!

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Ouvir estrelas



Ora (direis) ouvir estrelas! Certo
Perdeste o senso!" E eu vos direi, no entanto,
Que, para ouvi-las, muitas vezes desperto
E abro as janelas, pálido de espanto...

E conversamos toda a noite, enquanto
A via-láctea, como um pálio aberto,
Cintila. E, ao vir do sol, saudoso e em pranto,
Inda as procuro pelo céu deserto.

Direis agora: "Tresloucado amigo!
Que conversas com elas? Que sentido
Tem o que dizem, quando estão contigo?"

E eu vos direi: "Amai para entendê-las!
Pois só quem ama pode ter ouvido
Capaz de ouvir e de entender estrelas.

(Olavo Bilac)

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Time goes by...

Histórias de cachorros, sempre temos uma...

Certa vez, um amigo me contava de um cachorro que morava com sua família num sítio. Certo dia, eles tiveram que mudar pra cidade e – durante o caos da mudança – o cachorro ficou o tempo todo no cantinho dele, observando tudo sair do lugar e rumar pra onde ele nem fazia idéia; ele estava bem cabisbaixo na verdade. Quando tudo já estava devidamente empilhado/embrulhado/etiquetado no carro, meu amigo, já na porta de casa, simplesmente olhou pra ele e disse “vamos!”.

O cachorro, então jururu, se levantou num pulo, no outro foi pra cima do meu amigo e começou a lambê-lo num misto de felicidade e alívio.

Ele acreditava que seria deixado pra trás.

Juro que – no atual momento – to me sentindo igual a esse cachorro (o qual nunca guardei o nome... ô memória bandida!): parado num canto enquanto tudo e todos vão de um lado pro outro, ocasionalmente se esbarrando e se arrumando para ir algum lugar do qual eu nada sei; só esperando alguém aparecer na última hora e dizer “Hey, seu besta... vem! A gente não te esqueceu não!”, mas é claro que isso não vai acontecer.

Diferente de uma mudança do sítio pra cidade, as mudanças que presencio são de uma vida pra outra; escolhas importantes que levam a mudanças importantes e conseqüências importantes... esse tipo de coisa que, vez ou outra, chega e balança seu mundinho recém-estabilizado. Nem positivamente, nem negativamente... apenas necessariamente. Confesso que ainda sou muito resistente e birrento quanto à mudanças (ou pelo menos aquelas não iniciadas por mim... Sim, “O” egoísta, eu sei), mas uma hora eu mesmo terei que mudar essa postura. Faz parte da vida.

É isso aí, irmã!


Hasta!

domingo, 18 de outubro de 2009

Madrugadas televisivas...

Uma coisa sobre a qual passei a semana pensando (além de “eu tenho que fazer a fisioterapia, eu tenho que fazer a fisioterapia, eu tenho que fazer a fisioterapia...”, é claro) é sobre os filmes que eu vi e ninguém mais parece ter visto (ou, se viu, faz tanto tempo que não mais se lembra); filmes que de tão interessantes/toscos/WTF? Só passavam de madrugada e eu só assistia porque era o único na casa acordado àquela hora (é... tem coisas que realmente não mudam).

Tentei buscar o trailers dos principais entre eles e só não encontrei do “Threesome – Três formas de amar” , no máximo alguns vídeos sobre um filme homônimo (e relativamente mais comportadinho) e uma peça de teatro baseada no filme, mas isso já não vem ao caso agora, enfim...









E você? Também tem as suas "pérolas televisivas" da madrugada?

Hasta!

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Serenidade


Sem explicações ou teorias. Hoje acordei incrivelmente otimista, sereno, intimista e saudosista (não o saudosista-melancolico-padrão, que fique bem claro). Logo de manhã decidi deixar um pouco de lado as paixonites instantâneas, superficiais e passageiras que vem e vão nesses dias corridos e me apegar um pouco aos amores antigos. E não digo "paixões" e "amores" naquele sentido clichê que vêm imediatamente à cabeça, de uma pessoa amada e idolatrada e salve salve, mas de coisinhas... lembranças descompromissadas, sensações esquecidas na maior parte do tempo e velhas manias (tá bom... de algumas pessoas também). Coloquei aqueles CDs (juro que, por pouco, não digito “discos” aqui... meu passado saudoso ainda é bem recente) do Los Hermanos pra tocar e me deixei carregar pelas recém-chegadas nuvens cinzentas a passear pelos céus do Planalto central. Sem calor excessivo ou frio de rachar; um dia fresco como essa brisa que teima em trazer promessas de coisas boas e algumas lembranças gostosas de outrora. Alguém a fim de um cafezinho ou de bater um papinho desimportante? Deve fazer um tempinho desde a última vez que vocês pararam , não?

Hasta!

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Count your fingers...



Às vezes os dias simplesmente começam e terminam assim...

Hasta!

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

E agora... 2016!

(segura Berenice!)

O Brasil ganhou a eleição para sediar as Olimpíadas de 2016, não teve como não ver: todos os noticiários, sites e tweets nas horas seguintes ao resultado não falavam de outra coisa, tanto para o bem quanto para o mal (ok, muito mais para o bem, tem gente que se empolga com uma facilidaaaade). Enfim... Beleza, joinha, tchubirubis; a terra brasilis ganhou mais uma oportunidade de se promover lá fora e fazer bonito... ou não?

Há algum tempo atrás escrevi um post sobre os preparativos (em Brasília, pelo menos) pra Copa de 2014 (já esqueceu, caro leitor?) e nas pataquadas que estavam projetando para mostrar ao resto do globo o quão evoluídos nós somos. Praças, reformas de estádios, VLTs, (re)urbanizações e (re)invenções do espaço urbano; tudo para receber com a devida pompa os atletas e torcedores estrangeiros.

Se eu me empolgo com essa história? Sim e não. Sim, porque – dependendo do projeto – finalmente vemos o dinheiro dos impostos sendo usado para algo que não seja os constantes aumentos salariais dos parlamentares; e não (e com uma ênfase toda especial nesse “não”), porque por mais que inventem, construam e tentem apresentar ao mundo uma imagem de “país emergente”, no fundo nossos problemas continuação sendo os mesmos: falta de educação do povo, corrupção geral do Estado e condições de saúde (e de serviço funerário também) precárias.

(fora a exoticamente excitante tradição de, em meio a tudo isso, ainda querer vender a imagem de “país das mulatas sambantes e do futebol”... que beleza!)

Já houve quem me acusasse, hoje, de não ser patriota por não vibrar com a escolha do Rio de Janeiro como sede olímpica. Paciência... acho que já passei da fase de me maravilhar com simples “pão-e-circo”, mas – se não tem jeito – que venham os malditos jogos!


(eu realmente só espero que as melhorias urbanas não sejam operadas desse jeito)

Hasta!

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

E foram felizes pra sempre...

Será? Não necessariamente!



Graças a alguma mente insana da Grande Nação Nerd (bate!), baixei algumas edições de Fábulas e, ao lê-las, aquela experiência foi se transformando num vício crescente. A idéia de arrancar as (aparentemente perfeitas) Fábulas de seus reinos e jogá-las refugiadas num bairro de uma New York real, munida de problemas e dilemas reais foi genial! Na Cidade das Fábulas (o “bairro-refúgio”) encontramos uma Branca-de-neve burocrática, interagindo com um Lobo mau tornado xerife (e humano) e outros personagens como um Príncipe encantado escroque (e do qual ela se divorciou há alguns séculos), uma Rosa vermelha (sua irmã) rebelde, um João (do pé-de-feijão) trambiqueiro, entre tantos outros; tudo escrito com um humor inteligente e narrado de forma a prender o leitor. Longa vida ao Bill Willingham por criar minha mais nova paixão literária!

Curioso? Se interessar dá pra baixar por AQUI as 14 primeiras edições da série (dois arcos de histórias), o que já dá pra dar uma boa idéia da trama (muito melhor do que eu, um leitor maravilhado, posso explicar); cortesia do pessoal do Vertigem.



E pra quem for leitor de primeira viagem, é melhor baixar, antes, o programa para ler quadrinhos digitais aqui, ok?

Hasta!

A bunda, que engraçada

A bunda, que engraçada.
Está sempre sorrindo, nunca é trágica.

Não lhe importa o que vai
pela frente do corpo. A bunda basta-se.
Existe algo mais? Talvez os seios.
Ora - murmura a bunda - esses garotos
ainda lhes falta muito que estudar.

A bunda são duas luas gêmeas
em rotundo meneio. Anda por si
na cadência mimosa, no milagre
de ser duas em uma, plenamente.

A bunda se diverte
por conta própria. E ama.
Na cama agita-se. Montanhas
avolumam-se, descem. Ondas batendo
numa praia infinita.

Lá vai sorrindo a bunda. Vai feliz
na carícia de ser e balançar.
Esferas harmoniosas sobre o caos.

A bunda é a bunda,
redunda.

Carlos Drummond de Andrade
AQUELE livro (o amor natural)

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

O teatro de sombras...

“Há muito tempo atrás, numa cidade bem pequena, vivia uma velhinha chamada Ofélia...”

Assim começa “O teatro de sombras de Ofélia”, livro de Michael “A-história-sem-fim” Ende que conta a história de uma velhinha que, durante toda a vida, se dedicou ao teatro. Tudo bem que não como uma atriz (como ela e os pais queriam), pois Ofélia tinha a voz bem fraquinha, mas mesmo assim uma vida dedicada ao teatro! De como, com o advento de novas tecnologias (TV, rádio, entre outros), seu teatro fechou e ela se viu na rua da amargura e de como – fantasticamente – ela conseguiu dar a volta por cima. É um livro infantil bem bonitinho, com uma história apaixonante (eu, pelo menos, sou apaixonado por essa história até hoje) e que há uns 3 anos atrás tentamos adaptar para o teatro.


"Mas toda sombra tem um dono!" disse Ofélia. "Nem todas!", respondeu Sombra Marota. "Como eu, há muitas sombras sem dono espalhadas por aí!"


(aliás, é o que você mais vai encontrar se pesquisar esse livro na net, referências às montagens teatrais, mas isso não vem ao caso agora...)

Foi uma época legal, exaustiva (como toda boa peça de teatro) e saudosa, por vários motivos, alguns relacionados à peça, alguns não, mas enfim... Também foi uma época em que, armado da minha camerazinha analógica, eu brincava de ser fotógrafo (coisa que, infelizmente, descobri que não sou). Lembrei disso por reencontrar aquelas velhas fotos no meio da bagunça do meu quarto. Bateu aquela saudade e uma vontade de fazer tudo de novo (tanto o teatro de sombras quanto brincar de ser fotógrafo). Quem sabe quando eu sair daqui? =)

Enquanto isso ficam as fotos, as lembranças e as (novas) idéias...

(aaaanja!!!)

Hasta!

domingo, 20 de setembro de 2009

O tempo passa...

A temporada de cárcer, digo molho em casa continua e - a cada dia que passa - se torna mais e mais incômoda. Agora posso dizer com toda propriedade que me tornei um ser noturno, só conseguindo dormir com a chegada do Sol. Dentro do quarto me deparo com os anos e anos de lembranças e fotos e músicas e vestígios que fui guardando por aqui e esqueci de organizar (coisa que, aliás, ainda não fiz).



Impossível não sentir saudade já que (pelo menos aparentemente) as coisas eram bem menos complicadas até alguns anos atrás. "Quando nos tornamos tão caretas?" é uma pergunta que não sai da minha boca. O meu eventual alívio é aquela teoria quântica de que, no tempo, tudo é simultâneo e - portanto - o que fiz ainda está acontecendo; alívio bem eventual mesmo já que no resto do tempo me sinto velho e cansado (principalmente se olhar como aproveitei bem o último ano e meio). No fim é isso que me resta agora: o cansaço. Aquela impressão de que, mesmo se dormir um século, ainda acordarei cansado (e com essa porcaria de tala na minha perna).



Claro que isso não vai durar pra sempre (graças aos deuses), mas pelo menos por enquanto vou “curtindo” essa fossa, esse momento contemplativo como eu gosto de chamar. Às vezes é necessário um pouco de repouso antes de retomar o caminho.

Hasta!

sábado, 12 de setembro de 2009

Sobre relicários e vitrines



Em qualquer dicionário que você consulte, verá a definição de “relicário” como receptáculo destinado a guardar um objeto (uma relíquia) destinado a culto religioso. Numa definição mais ampla, será visto também como um receptáculo destinado a guardar algo precioso, como uma memória por exemplo. De uma forma ou de outra, a imagem do relicário me fez pensar bastante na internet e nos sites pessoais que andam ou pipocando ou se consolidando por aí.

Pensa comigo: seja por Orkut/Twitter/Blogs/Facebook/Myspace/Wathever as pessoas compartilham parte de suas vidas com o mundo. Cada janela, cada perfil se torna um pequeno relicário particular, nos quais depositamos parte de nós mesmos e os quais esperamos que – de uma forma ou de outra – despertem a atenção (ou o desejo, dependendo do caso) de alguém na grande massa globalizada. Essa grande massa também produz, através de cada um de seus integrantes, vários relicários/molduras/vitrines (outras palavras que me vieram agora à cabeça) os quais displicentemente olhamos e ocasionalmente nos chamam a atenção a ponto de reparar mais ou acompanhar. Numa outra comparação, é como se a internet se tornasse uma imensa avenida comercial, na qual cada vitrine tenta, a seu modo, te chamar a atenção.

Um pouco confuso, não? Mas à medida que eu escrevo, me vem à mente mais e mais idéias e comparações para uma idéia que é absurdamente simples. O ser humano é, por definição, um ser social e – consequentemente – precisa de atenção; e num meio tão rico de possibilidades como a internet, se faz valer do que pode (e do que não pode de vez em quando) pare se promover perante os outros. No fim usamos a rede para vender, entre tantas outras coisas, parte da nossa vida (às vezes plastificada e perfeita, às vezes um tanto crua e sem aditivos, depende do caso).

Claro que não vou me excluir dessa regra, seria putaquecaralhomente hipócrita da minha parte e eu nunca fui muito chegado em mentiras, mas é algo que, muitas vezes, me pego pensando (e, mesmo assim, continuando a fazer). Quanto da sua vida você deposita no seu relicário (prefiro esse termo aos outros, é um tanto mais poético) particular? Pra que continuar com isso? Isso dá algum resultado?

Hasta!

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Resumo da novela...

Eis que, pela terceira semana (e terceiro ortopedista) seguida eu descubro que o médico da semana passada me fudeu: não só atendeu mal, como foi posudo, me receitou um remédio que, por ora, é desnecessário e – pra completar – me deu um diagnóstico totalmente errado.

Eis que, de novo, eu me encontro sob o risco de encarar uma cirurgia no joelho e passar por um looongo período de reabilitação, o que pode prejudicar todo o semestre que eu planejei de forma tão cuidadosa na faculdade (e na minha vida também).

Eis que, repentinamente, me encontro dependente da minha família pra fazer algumas coisas bem simples e me vejo ser, às vezes, tratado como um bibelô de cristal (orgulho? Pra quê?).

Eis que me encontro aqui, mais uma vez, a tentar prever meu futuro nesses próximos meses... há quem diga que isso seja inútil ou a minha mania persistente de querer programar tudo (mesmo vendo, logo depois, que a teoria do caos não me permite tal façanha), mas às vezes acho que preciso disso; dessa segurança ilusória e momentânea. Já não faço promessas (de prazos) referentes à minha volta àquele ritmo de vida frenético... estou me desabituando a isso. Talvez seja melhor esperar os fatos acontecerem antes de dizer qualquer coisa.

Alea jacta est

Hasta!

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Falando em intervenções...

Falando em intervenção/arte urbana lembrei de dois casos curiosos/interessantes/foda-se, o blog é meu...

Há alguns anos atrás, o Alexandre Órion fez uma intervenção no túnel Max Feffer, em São Paulo, “desenhando” crânios humanos ao longo de, aproximadamente, 350 metros da parede do túnel. Digo “desenhando” assim, entre aspas, porque enquanto ele fazia o desenho ele subtraia a fuligem da parede. É, isso mesmo, ele estava limpando o túnel!


Lalalalalalala....




O outro caso também aconteceu já há alguns anos. No dia 28 de junho (dia do orgulho gay) alguns alunos do Instituto de Artes da UnB fizeram uma intervenção urbana na Catedral de Brasília, “pintando-a” de rosa numa ação que, segundo eles mesmos gostam de ressaltar, não causou nenhum dano ou seqüela no patrimônio público. A ação foi toda gravada em vídeo e disponibilizada no youtube (Yes!!!).



Hasta!

WK Interact

“Intervenção urbana é um tipo de manifestação artística geralmente realizada em áreas centrais de grandes cidades. Consiste em uma interação com um objeto artístico previamente existente (um monumento, por exemplo) ou com um espaço público, visando colocar em questão as percepções acerca do objeto artístico.”

(Wikipédia)

Ok, eu sei que é muito superficial começar um post sobre arte com numa definição da Wikipédia, mas – mesmo que bastante limitada – acho que é um conceito básico e válido pra iniciar o assunto. Na verdade intervenção urbana é tudo aquilo que (como o próprio nome diz) interfere no espaço e no cotidiano das cidades, razão pela qual também incluo nessa categoria os happenings, Flash Mobs (e consequentemente os Urban Playground, embora esses sejam mais lúdicos).

Na verdade já vinha desviando uma atenção especial (só desviando a atenção mesmo, praticar ainda é outra história) a esse tipo de arte e na forma relativamente “subversiva” com que ela surge nas cidades (o grafitti, os stickers, o stencil), mas acho que fui fisgado de vez depois de ver o trabalho do WK Interact.









Há também alguns videos sobre o processo de trabalho dele no youtube, não é difícil encontrar (embora o “WK Survival Camo” viva dando problema, mas enfim... releva que é melhor).