sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Drink me


O pai lhe deu o primeiro gole aos três meses de idade. "É só um golezinho, que mal pode fazer?", disse ele. Mas assim como quase tudo terminado em "inho", o golezinho teve consequências: a menina ficou viciada. Desde então bebia Coca-Cola como quem bebe água e não havia quem a fizesse largar esse hábito. "Ela é viciada em Coca-Cola, que mal pode haver?", pensavam todos. Até que num exame médico, às vésperas de seus quinze anos, foi constatado que seu sangue foi substituído - ao longo de anos de vício - por xarope do dito refrigerante. Escandâlo. O que a Coca-Cola está fazendo com nossos jovens? Sensação. A (agora) garota Coca-Cola dá entrevistas, aparece em programas de TV e assina um contrato publicitário com a dita empresa. É morta um mês depois por uma turba de fanáticos-cristãos-comunistas-radicais, que acusavam-na de ser o anticristo por ter em suas veias o sangue negro e açucarado do capitalismo liberal. Em sua memória, a empresa de refrigerantes lançará uma edição especial e limitadíssima da Coca-Cola em garrafinhas douradas no formato do corpo da garota (e, segundo os boatos na internet, feita com o sangue-xarope do corpo da mesma, clandestinamente exumado após o enterro).

domingo, 30 de outubro de 2011

Tu Er Shen

Também conhecido como o “Deus coelho” - é a divindade chinesa que administra o amor e o sexo entre (homens) homossexuais. Reza a lenda que um homem chamado Hu Tianbao, da província de Fujian, se apaixonou por um bonito inspetor imperial; até que, certo dia, foi flagrado espiando o dito inspetor durante o banho, quando acabou confessando seu afeto por ele. O inspetor imperial, então, o condenou à morte por espancamento.

É dito que, um mês depois, ele apareceu nos sonhos de um homem de sua província natal explicando que – por ter sido executado por um “crime” de natureza amorosa - as autoridades do submundo decidiram reparar a injustiça de sua morte tornando-o deus e guardião dos afetos homossexuais. Após o sonho, o homem ergueu um santuário para Hu Tianbao, que se tornou muito popular na província de Fujian (tanto que, no final da era Qing, seu culto foi alvo de extermínio pelo governo).

Hu Tianbao

Uma curiosidade sobre essa história, é que no fim dos tempos imperiais da China, a gíria associada aos homossexuais era “coelho”, razão pela qual Hu Tianbao ficou conhecido como o “deus coelho” (mesmo sem qualquer relação com o animal ou com a lenda do coelho na lua).



(livre tradução/ interpretação/wathever da Wikipedia)

Inté!

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Trava Moral



(sorry pela qualidade da imagem e pela letreiragem... graças à mudança, ando meio sem condições photoshopísticas)^^"

Inté!

sábado, 22 de outubro de 2011

Allons-y!



Primeira vez que escrevo algo desde que cheguei, subitamente, à Big City. Também pudera: só agora consegui me instalar, arrumar um emprego e ter acesso a um computador (que não o de Lan houses, o que me lembra de mudar as senhas dos meus e-mails o mais rápido possível). Em linhas gerais (e digo isso especialmente para aqueles a quem não posso dar notícias em “tempo real”) estou bem. O choque inicial e o conseqüente medo do deslocamento súbito de Brasília para São Paulo vão, aos poucos, dando lugar a uma confiança por vezes abusada e a uma curiosidade aparentemente insaciável de entender como funciona essa cidade (sinceramente não acho que vá conseguir de fato, mas, como disse, ando abusado a ponto de acreditar nisso de vez em quando).

Dizem que quando você passa a morar num lugar, todo o encanto que ele exercia sobre você desaparece, tornando-se trivial. Meus amigos daqui vivem repetindo essa máxima enquanto me mostram lugares e/ou coisas que apesar de – para eles – serem completamente triviais, para mim são experiências e lugares novos (o que só atiça minha curiosidade); como quem diz “Relaxa, um dia isso tudo será comum demais para você” (no que eu respondo “Será?”, com uma expressão descarada de “Duvido muito!” no rosto). Não que eu realmente duvide que São Paulo, um dia, se torne comum demais para mim (mesmo a modernista Brasília, com sua irrealidade utópica e “rebelde” conseguiu esse feito), mas gosto de pensar – naqui – como um lugar fértil em possibilidades (que lugar novo não o é?) e depois... quem sabe? Também gosto de pensar nessa cidade como uma primeira parada para outros destinos (independentemente dos valores, positivos e/ou negativos, que eles possam representar. Tudo é experiência).

Sei o quanto (excessivamente) otimista e ingênuo pareço falando assim; parte de mim, inclusive, está até envergonhado, mas – superados o choque inicial e o medo anteriormente citados – é impossível não ver toda a situação com um certo otimismo: é um novo começo, é uma nova possibilidade (que, por sua vez, se desdobra em outras), é um novo... tudo.

Correndo o sério risco de me repetir (já que tenho entoado essas palavras durante toda a semana, como um mantra), wish me luck!

Inté!

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Corações partidos tem cheiro? Vilania tem...



Alguns dias atrás ganhei de um tio um vidro de perfume (o que é meio estranho dado que, apesar de gostar muito, não tenho o hábito de me perfumar); um perfume delicioso, diga-se de passagem, não fosse pelo fato – e nessas horas amaldiçoo minha boa memória – de que, anos atrás, fosse o mesmo perfume que ganhei de aniversário de um quase-namoro que tive. Na época cheguei a ouvir de um amigo a brincadeira profética de que, diante de tal presente, a paixão duraria a medida exata do líquido no frasco. Pois é: durou menos (por motivos que me abstenho de explicitar aqui), mas sua lembrança continuou guardada junto com a fragrância, as razões e tudo o mais na minha cabeça.

E por que retomar essa história, anos depois? – você deve estar se perguntando. É que diante deste (mais uma vez) presente foi inevitável me perguntar como anda, hoje, aquele quase namoro: se ele mudou, o que andará fazendo, se encontrou alguém que correspondeu devidamente os sentimentos dele, esse tipo de coisa. Acho que deu pra notar que saí desse relacionamento me sentindo um tanto culpado, não? Faz parte daquela regra/paradoxo: você passa a vida procurando por alguém que goste de você como é e – quando encontra – não consegue dedicar o mesmo afeto a essa pessoa. Você, então, sai do relacionamento se sentindo um crápula... o vilão da história.

Certa vez outro amigo me disse que temos a necessidade instintiva de antagonizar alguém em nossas vidas; de criar um demônio, um “vilão” para nos motivar a superar a fossa que a inércia que, às vezes, nos acometem e seguir em frente sem – nunca – descer do salto (ok, essa parte de “descer do salto” faz parte da minha interpretação). Confesso que já tive meus “vilões” pessoais (quase todos, infelizmente, sem aquele charme particular dos vilões de filmes antigos), pessoas que me despertaram antipatia automática ou que transformaram, gradualmente, meu amor em ódio. Mas não seria, o ódio, uma variante do amor? Se o desprezo é, de fato, o pior sentimento (ou a falta dele) que se pode reservar a alguém podemos deduzir que quem ainda se dá ao trabalho de alimentar ódio por alguém provavelmente também se disporá a, eventualmente, transformar esse ódio em amor, certo?

Isso posto, será que realmente fui o vilão dessa pessoa (ou ainda o sou)? Se sim, por quanto tempo terei sido o corvo desse alguém? Isso realmente faz diferença agora?

Acho que não... o perfume já passou.

Inté!

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Porque às vezes... às vezes...



(a gente simplesmente se sente assim)

Inté!

sábado, 6 de agosto de 2011

Do que se impõe (direitos humanos, por exemplo)...



Ai credo, é o fim do mundo! Na minha época não acontecia isso! – exclama minha avó diante do noticiário na TV.

Claro que acontecia, coisas assim acontecem desde que o mundo é mundo. – respondo eu, todo trabalhado na poker face.

É, mas pelo menos a gente não ficava sabendo! – retorna minha avó.

Relevada a idade de minha avó (e, consequentemente, sua visão de mundo), a situação descrita me têm feito pensar: Não sei se é porque, agora, ando mais sintonizado nesse tipo de notícia (afinal, como todos sabemos, nossa visão de mundo muda de acordo com nossos interesses), mas – de fato – não me lembro de ver, nos noticiários, notícias como as que venho acompanhando atualmente. Todos os dias pipocam novos casos de crimes de ódio pelo país; todos os dias ouço casos de pessoas que morrem/são atacadas sem provocação, todos os dias ouço acusações de privilégios e tentativas de instauração de uma dita “ditadura” e o pior: todos os dias me acostumo mais um pouco com esse cenário.

A última foi a criação do dia do orgulho heterossexual como resposta à série de “privilégios” concedidos à população LGBTs e... numa boa? Não vou enumerar os contra-argumentos aqui; pessoas mais articuladas já o fazem todos os dias e são sumariamente ignoradas (o que é uma pena, dado que algumas delas são brilhantes). Me limito a dizer que estou cansado dessa história. Cansado de tentar entender o porquê de tanta histeria, da aparente necessidade de pintar uma batalha, uma dicotomia desnecessária; é tão importante assim aos parlamentares/formadores de opinião ter a quem hostilizar a ponto de usar isso como parâmetro de “liberdade de expressão”? Porque, pessoalmente, é o que parece.

Não quero escolher “lados” (embora, por ser quem sou, já seja automaticamente pintado como o capeta), não quero devolver a opressão na mesma moeda, não quero ser Bruno. Quero viver minha vidinha como qualquer outro cidadão livre nesse planeta. Levando em conta que sou humano, adulto, pago meus impostos e ajo como qualquer outra pessoa dentro dessa sociedade, acho que tenho esse direito, não?

Ou serei realmente obrigado a pegar em armas para defender minha liberdade de existência e tudo o que minha família me ensinou sobre não mentir (sobre quem eu sou, inclusive)? Engraçado que, ao pensar em todas as discussões levantadas – sobretudo na supervalorização da palavra “ditadura” – me veio à mente a relativa tranquilidade e sorte que atribuíam à minha geração de não ter vivido os anos de chumbo da repressão militar, dizendo que jamais saberíamos o peso de toda aquela vigilância e insegurança... será?

Será por isso que, quando criança, me diziam tanto para aproveitar essa época da vida?

Inté!

domingo, 17 de julho de 2011

Hello boys, I´m ba-ack!



E eis que depois das "Férias" forçadas, volto pra tocar o blog... o que eu perdi nesse meio-tempo?

(Sério, me desculpem o TREMENDO HIATO nas postagens, mas... né?)

Inté! =)

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Modus operandi


Então me acometeu perceber que não só ao longo dos últimos meses, mas dos últimos anos (toda a minha vida na verdade), não importa onde eu esteja: Brasília, São Paulo, Belo Horizonte, Florianópolis... Eu sempre tenderei a me encontrar sozinho na noite. É um fato. Sem questionamentos ou disposições em contrário (geralmente de quem gosta de cantar que “♪ é impossível ser feliz sozinho... ♫”). Eu simplesmente vagarei pela rua e voltarei pra casa, indiferente às poças de água, bitucas de cigarro ou às canções imersas em álcool etílico que vazam de um ou outro orgulho partido no meio do caminho. É assim que sempre funcionou.

quinta-feira, 7 de abril de 2011

terça-feira, 5 de abril de 2011

Amor violeta

O amor me fere é debaixo do braço,
de um vão entre as costelas.
Atinge o meu coração é por esta via inclinada.
Eu ponho o amor no pilão com cinza
e grão de roxo e soco. Macero ele,
faço dele cataplasma
e ponho sobre a ferida.

(Adélia Prado)

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Come as you are...

“A primeira impressão é a que fica” e “Propaganda é a alma do negócio” são, desde que me entendo por gente, as máximas no que diz respeito aos negócios e até mesmo às relações interpessoais. Quem ousaria discordar? Mas – mesmo com toda a lógica contida nesses pensamentos – não consigo deixar de achar graça (às vezes, até mesmo entediante) a forma como, sempre que começava um relacionamento, meus “pretendentes” ressaltavam suas qualidades numa aparente (e, algumas vezes, desesperada) tentativa de causar boa impressão. Não os desmerecendo, claro, eram caras maravilhosos; mas o que quero realmente dizer é que – independente do andamento dos casos – tanta autopromoção era totalmente desnecessária.
Sei que falo apena por mim, mas sempre preferi descobrir as afinidades e diferenças com as pessoas aos poucos, com a convivência (como qualquer relacionamento se desenvolve). Às vezes descobrir que o outro compartilha algo que – até então – você julgava ser só seu ou até mesmo aquela implicanciazinha insuportável é mais interessante que ter um dossiê entregue em mãos (o que não é muito difícil, dado que estamos na era das redes sociais, mas nesse caso a iniciativa costuma ser sua).

Talvez por isso (em protesto ou, às vezes, simplesmente pra bancar o “diferente”) eu acabe, em troca à autopromoção alheia, por entregar todos os meus defeitos, numa espécie de “aviso aos navegantes” (olha, esse sou eu: sarcástico, dramático e com um humor totalmente influenciado pela Lua. Se, mesmo assim, você quiser continuar comigo, tudo bem!). Infantil? Muito provavelmente. Aliás, se pararmos pra pensar, meu hábito pode ser considerado tão superficial e desnecessário quanto a necessidade de se autopromover em demasia nos primeiros encontros. Mas, se todos o fazem, não deve ser algo tão aberrante assim, não?

"I was born this way... imperfect"

É bom lembrar que – nesse “joguinho” inventado – somos todos humanos, imperfeitos e constantemente insatisfeitos... Podemos brincar de nos descobrir assim?

Hasta!

terça-feira, 29 de março de 2011

Do que está preso na garganta...



Diário de bordo: Estou cansado... simplesmente isso.

E por mais corriqueiro e repetitivo que soe (e, acredite, isso se tornou quase um mantra), a fadiga física e emocional parecem não me deixar abstrair esse fato por muito tempo. Eis que, nova e definitivamente, me encontro no último semestre da faculdade (#oremos para que dessa vez nada aconteça a minha nova orientadora), mas diferentemente da outra vez não transformei a última semana de férias num road movie improvisado (o que é uma pena... e me dá ganas de levar uma câmera da próxima vez)... nem o carnaval, pra ser sincero...

Na verdade preferi passar as férias todas produzindo/trabalhando e juntando dinheiro pra possível viagem à Quadrienal de Praga onde o pessoal de Brasília exporá seus projetos de cenografia e figurino na mostra das escolas, mas... estou cansado demais pra correr atrás de passagens também (o que parece, à primeira vista, uma grande bobagem, eu sei).

Acho que só agora, com o início do novo semestre na UnB é que parei pra planejar o que fazer daqui pra frente e a primeira grande decisão é que – talvez pela exaustão, talvez pelo que esteja planejando além da UnB – cansei de dar murro em ponta de faca, de me estressar, de me desgastar pelo que não vale a pena (claro que uma viagem à Praga seria maravilhosa, mas se for pra me desgastar o quanto se exige, prefiro fazê-lo com o meu projeto de conclusão de curso, que – aliás - é outro dos grandes dilemas desse ano). Estou cansado e chateado demais para querer agradar ou para manter um orgulho besta e frágil.

Engraçado, né? Por mais desenvolvido que seja nosso senso de auto-preservação parece que sempre tomamos as decisões mais simples e eficientes quando estamos à beira de um colapso. Vivendo e aprendendo...

Hasta!

domingo, 6 de março de 2011

Num mexe cas baixinha...


Só pra aproveitar a piadinha feita via Twitter.

Hasta!

domingo, 27 de fevereiro de 2011

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Nunca esqueça quem você é e de onde veio...


Porque acabei de ler ("devorar" na verdade) a graphic-novel e agora estou louco pra ver o filme! Simples assim.

Hasta!

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Má influência???



Tive de ouvir isso ontem (ou anteontem, visto que minhas atividades intelectuais geralmente ultrapassam a barreira calendárica da meia-noite) e durante todo um dia fiquei cozinhando o ódio e a revolta como uma panela de pressão, logo peço licença (e, ocasionalmente, perdão) a um momento de escape, do contrário corro o risco de explodir minhas mágoas sobre alguém inocente.

Para quem não sabe, sou o mais velho de seis irmãos e há cerca de dois meses atrás saí do armário pras duas irmãs do meio (ambas adolescentes) já que – assim como fui criado – acredito que o mais justo a se fazer é ser honesto sobre quem se é, sobretudo com aqueles que mais amamos. Passado o estranhamento inicial (sempre acontece), conversamos naturalmente, como sempre aconteceu antes da “revelação” e confesso que isso me trouxe uma leveza de espírito incomparável, do tipo que se sente quando se nota que, a despeito dos trancos, barrancos e estereótipos criados, se é amado de verdade por ser quem se é. E acho que pode-se dizer que isso me trouxe um pouco mais de descontração dentro do ambiente familiar dado que – de certa forma – me fez sentir mais em casa.

Pois quando não é minha surpresa/indignação/revolta quando escuto de uma das pessoas em que mais confio a suposição de que – em meu jeito de agir – posso estar exercendo uma má influência sobre as meninas (e os dois irmãos menores); que no meu hábito de falar o que vêm à cabeça (e, parcialmente, na minha arte também) eu imponho minha sexualidade e toda a minha cultura gay a crianças que ainda estão em fase de formação psicológica podendo influenciá-las de alguma forma mais à frente.

Como responder a isso?

Deveria, então, ensiná-los coisas bonitas e clichês sobre amor e honestidade, mas – na prática – transmitir-lhes que a verdade NÃO deve ser dita e que a hipocrisia é a lei dominante, absoluta e irrevogável? Devo - no papel de irmão mais velho (e padrinho de um deles) - ensiná-los que, a despeito de sermos iguais em direitos e deveres, a televisão está certa ao objetificar a mulher, firmar o arquétipo do machão insensível como norma e taxar gays, lésbicas e trans como um grupo estereotipado e menor em cidadania?

É, talvez eu devesse fazer isso mesmo.

Na boa, posso não ser um homem/cidadão/irmão/padrinho exemplar (e nem sei se o quero ser), mas sei o que é ser segregado por diferir dos outros na escola, ser motivo de piada por gostar do que (e de quem) eu gosto e até mesmo por tentar infligir o mesmo aos outros e posso dizer com toda a certeza que NÃO VALE A PENA. Não vale o peso na consciência nem o sentimento de culpa (que, comparando agora, é muito maior ao que eu senti no meu processo de aceitação).

Logo, respondendo com todo o atraso que o sentimento de perplexidade e meu raciocínio lento puderam me proporcionar, não acho que meu “jeitinho” possa ser má influência aos meus irmãos ou, pelo menos, do jeito que foi apontado; eles tem personalidade (uns até demais, diga-se de passagem), contam com a mesma formação moral que eu e no que depender de mim não passarão pela mesma angústia e sentimento de culpa que passei ao constatar que não fazia parte de uma sociedade-rebanho (afinal esse é um suplício que não desejo a qualquer pessoa).

(a menos, é claro, que a mídia tenha declarado, de ontem pra hoje, a honestidade como um desvio de conduta; nesse caso assumo meu papel subversivo)

Hasta!

domingo, 30 de janeiro de 2011

Drop story



ou "Pra tudo se dá um jeito..."

Hasta!

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Hey, lady-dudes...



Porque só hoje consegui assistir (e é MUITO BOM)!

(aliás, eternos agradecimentos ao @leonardoseville, que sempre me acompanha nesses momentos de nerdice extrema)

Hasta!

E lá vamos nós...



É consenso geral que a época de ano novo é propícia para – além das promessas furadas, fogos de artifício e bebedeira generalizada – fazer uma retrospectiva, um “balanço” do ano que se finda e estabelecer metas e posturas para o ano que se inicia (o que também me lembrou, agora, os períodos de aniversário, onde as pessoas costumam fazer o mesmo, mas não quero falar de aniversários agora). É consenso também que sete dias é um período de atraso muito grande para fazer qualquer coisa inclusive o anteriormente citado balanço anual, mas – foda-se – sinto que, pelo menos agora, preciso fazer uma paradinha para assimilar tudo que se passou nesse louco ano de 2010.

E quando digo que 2010 foi um louco ano quero fazê-lo com a devida ênfase em “louco” (em negrito, duplamente sublinhado e com fonte tamanho 80, por exemplo) porque – verdade seja dita – nunca tive um ano como este... Ok, nenhum ano é igual a outro, mas quando digo isso o faço por conta da velocidade e da intensidade dos fatos ocorridos; de forma geral posso dizer que foi uma bomba atrás da outra (ou “baphon”, dependendo de quer ler).

Nunca viajei tanto como neste ano: conheci (e reconheci) lugares fantásticos, pessoas incríveis (outras nem tanto) e – a despeito do acidente do ano anterior – corri bastante para, ironicamente, voltar à fase workaholic da qual venho tentando fugir a alguns anos; voltei a mexer (indiretamente) com teatro e, numa surpreendente sucessão de eventos e desdobramentos, relembrei como a vida pode ser bipolar, instável e dona de uma ironia por vezes sádica. Tudo isso aliado a um forte sentimento de liberdade (com uma pitadinha de loucura)... seria, isso, a liberdade mesmo? Duvido. Cada vez que penso em tudo que se passou (e que ainda está passando... esse ano parece ter começado no mesmo pique do anterior), fico mais convicto de que – passada a caótica “libertação” de algumas amarras no ano passado – resta, agora, administrar o que foi conquistado e espiar o que há além do prometido pelos horizontes, afinal o caos não funciona se não for intercalado com um pouco de ordem (ou, pelo menos, assim se diz).

Mas acho que – ao final de tudo – a lição de 2010 foi que é bom se permitir ousar um pouco; por mais louco e arriscado que pareça (e às vezes é mesmo) pode se descobrir todo um novo universo. E, por mais que tenha que me concentrar em organizar tudo que o louco 2010 trouxe, espero manter um pouco daquele caos comigo esse ano (sabem lá os deuses o que isso pode me trazer?) e desejo o mesmo a você, que parou pra ler esse pequeno desabafo/balanço/faxina mental.

(Pronto, fim de balanço)

Feliz ano novo! =)