terça-feira, 14 de agosto de 2012

Girl power!

Porque – mesmo depois de dois dias – eu ainda estou com o medley (curtíssimo, aliás) grudado na minha cabeça. Porque eu nunca neguei que, embora isso seja interpretado como um atestado assinado de bichice, sou fã delas desde adolescente e que – se a declaração de Victoria Beckham for mesmo confiável – realmente não há jeito melhor de se encerrar a carreira, do que saindo por cima, no encerramento dos Jogos Olímpicos de Londres.

(juro que tentei colocar um vídeo decente, mas o blogger não colaborou... anyway, dá pra ver por AQUI, ok?)

Isso posto, obrigado – Spice Girls – por tudo que vocês representaram pra mim e por terem embalado vários momentos significativos da minha vida (e, consequentemente, das minhas criações). Foi bom enquanto durou!

Inté!

PS: Falando em encerramento dos Jogos Olímpicos e na participação (virtual) de Freddie Mercury, só eu pensei que essa participação holográfica seria igual à do Tupac Shakur no Coachella desse ano?

PPS: Ah, vai, seria foda! =P

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Entre um extremo e outro (ou "a zona cinza")


Nunca houve uma época como essa; isso é fato. Todo o desenvolvimento cultural, tecnológico, social e – por que não – humano ocorrido no último (e desenfreado) século tornou o mundo (quiçá o universo) exponencialmente menor e seu conhecimento inversamente proporcional. Mas – talvez por causa da velocidade dos eventos que nos trouxeram até aqui – esta parece ser, também, a era dos extremos. 



Lembro que, certa vez, vi numa propaganda a frase “Me ame ou me odeie, ´tanto faz´é que incomoda” e, por vezes, penso ser esse o pensamento vigente. Você não simplesmente gosta de uma banda: você a idolatra, declara seu amor aos quatro ventos e – dependendo do contexto – até compra briga com quem falar uma vírgula contra a mesma; da mesma forma que não apenas desgosta de uma atração, tem que desaprová-la publicamente em todas as redes sociais, criar montagens para ridicularizá-la e, de quebra, brigar com quem a defende. Você não só se interessa por um assunto: após uma consulta rápida ao Google vira um especialista e, nas rodas de conversa, é o primeiro a encher a boca para repetir tudo o que foi meticulosamente decorado da internet (se bobear, com direito a referências)... e “ai” de quem questionar seu domínio sobre o assunto! Não existe mais a neutralidade: o padrão que vemos (ou que eu vejo) é uma balança entre amor e ódio, certo e errado, da qual o (neutro) ponto de apoio é simplesmente inexistente. Para ser levado a sério você deve amar ou adiar alguma coisa fervorosamente, sem meios-termos.


“Ser levado a sério”, talvez seja essa a questão. Não há mais paciência para o “talvez”, pro “me deixa pensar”; quem não toma uma decisão concreta de imediato é logo desconsiderado... vira “café-com-leite” por assim dizer. E quem quer ser o “café-com-leite” das discussões? Ora, nem quando crianças, gostamos de ser “café-com-leite” nas brincadeiras. É chato!

O que me leva à outra frase que ouvi (dessa vez de um colega, ao me ver chocado frente aos estereótipos ambulantes que permeiam São Paulo), a de que ”querendo ou não, as pessoas se adequam aos estereótipos para não ficarem isoladas”. Devo então encarar essa onda de extremismo como uma modinha passageira? Um modelo de impaciência e (em alguns casos, intolerância) que as pessoas adotam para não se sentirem excluídas do meio?

Tomara. Às vezes tenho medo ao pensar – uma vez numa era de extremos – no que podemos descobrir além deles.


Inté!