sexta-feira, 7 de janeiro de 2011
E lá vamos nós...
É consenso geral que a época de ano novo é propícia para – além das promessas furadas, fogos de artifício e bebedeira generalizada – fazer uma retrospectiva, um “balanço” do ano que se finda e estabelecer metas e posturas para o ano que se inicia (o que também me lembrou, agora, os períodos de aniversário, onde as pessoas costumam fazer o mesmo, mas não quero falar de aniversários agora). É consenso também que sete dias é um período de atraso muito grande para fazer qualquer coisa inclusive o anteriormente citado balanço anual, mas – foda-se – sinto que, pelo menos agora, preciso fazer uma paradinha para assimilar tudo que se passou nesse louco ano de 2010.
E quando digo que 2010 foi um louco ano quero fazê-lo com a devida ênfase em “louco” (em negrito, duplamente sublinhado e com fonte tamanho 80, por exemplo) porque – verdade seja dita – nunca tive um ano como este... Ok, nenhum ano é igual a outro, mas quando digo isso o faço por conta da velocidade e da intensidade dos fatos ocorridos; de forma geral posso dizer que foi uma bomba atrás da outra (ou “baphon”, dependendo de quer ler).
Nunca viajei tanto como neste ano: conheci (e reconheci) lugares fantásticos, pessoas incríveis (outras nem tanto) e – a despeito do acidente do ano anterior – corri bastante para, ironicamente, voltar à fase workaholic da qual venho tentando fugir a alguns anos; voltei a mexer (indiretamente) com teatro e, numa surpreendente sucessão de eventos e desdobramentos, relembrei como a vida pode ser bipolar, instável e dona de uma ironia por vezes sádica. Tudo isso aliado a um forte sentimento de liberdade (com uma pitadinha de loucura)... seria, isso, a liberdade mesmo? Duvido. Cada vez que penso em tudo que se passou (e que ainda está passando... esse ano parece ter começado no mesmo pique do anterior), fico mais convicto de que – passada a caótica “libertação” de algumas amarras no ano passado – resta, agora, administrar o que foi conquistado e espiar o que há além do prometido pelos horizontes, afinal o caos não funciona se não for intercalado com um pouco de ordem (ou, pelo menos, assim se diz).
Mas acho que – ao final de tudo – a lição de 2010 foi que é bom se permitir ousar um pouco; por mais louco e arriscado que pareça (e às vezes é mesmo) pode se descobrir todo um novo universo. E, por mais que tenha que me concentrar em organizar tudo que o louco 2010 trouxe, espero manter um pouco daquele caos comigo esse ano (sabem lá os deuses o que isso pode me trazer?) e desejo o mesmo a você, que parou pra ler esse pequeno desabafo/balanço/faxina mental.
(Pronto, fim de balanço)
Feliz ano novo! =)
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bem foi melhor que o meu querido ^^queria uma carta sua ^^
ResponderExcluirFica tranquilo, meu caro, o caos presente só tem tendência a aumentar.
ResponderExcluirDiverte-te!
Abraços