terça-feira, 28 de setembro de 2010

Memórias de caderno e óculos...

(ou, se preferir, "Semana de férias")















Exatamente por sua transitoriedade, possui um valor único. Perdido, perdido, perdido; tento chegar ao Museu do Giramundo e – pela rabagésima vez – erro o caminho e vou parar nos limites de BH, o que me leva à questão: será minha tendência natural ser atraído por fronteiras ou simplesmente gosto de seguir na contra-mão? Ao jantar um X-bacon numa padaria qualquer, perto do Palácio das Artes, olho pela janela e vejo o letreiro neon, do outro lado da rua, filtrado pelas folhas sombrias de uma árvore, em frente à janela; subitamente lembrei das luzes de uma cidade qualquer, distante, em Brasília. Dessas que, dada a geografia do planalto central, você vê de longe: um mar de luzinhas brancas de postes. Um movimento de cabeça depois, o encanto se desfaz; mas a pequena fagulha de saudade permanece, imóvel nos instantes seguintes. Ah, o ser humano... Não se trata de conhecer lugares, mas experiências.





















“Do pó vieste e ao pó retornarás”... Mais uma frase-feita. Mais uma verdade.

Brasília, que saudade!

BH e São Paulo, que saudades maiores ainda!

Estabelecida a distância, a saudade é uma reação automática e (aparentemente) natural...

Será?

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