domingo, 20 de setembro de 2009

O tempo passa...

A temporada de cárcer, digo molho em casa continua e - a cada dia que passa - se torna mais e mais incômoda. Agora posso dizer com toda propriedade que me tornei um ser noturno, só conseguindo dormir com a chegada do Sol. Dentro do quarto me deparo com os anos e anos de lembranças e fotos e músicas e vestígios que fui guardando por aqui e esqueci de organizar (coisa que, aliás, ainda não fiz).



Impossível não sentir saudade já que (pelo menos aparentemente) as coisas eram bem menos complicadas até alguns anos atrás. "Quando nos tornamos tão caretas?" é uma pergunta que não sai da minha boca. O meu eventual alívio é aquela teoria quântica de que, no tempo, tudo é simultâneo e - portanto - o que fiz ainda está acontecendo; alívio bem eventual mesmo já que no resto do tempo me sinto velho e cansado (principalmente se olhar como aproveitei bem o último ano e meio). No fim é isso que me resta agora: o cansaço. Aquela impressão de que, mesmo se dormir um século, ainda acordarei cansado (e com essa porcaria de tala na minha perna).



Claro que isso não vai durar pra sempre (graças aos deuses), mas pelo menos por enquanto vou “curtindo” essa fossa, esse momento contemplativo como eu gosto de chamar. Às vezes é necessário um pouco de repouso antes de retomar o caminho.

Hasta!

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