quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Time goes by...

Histórias de cachorros, sempre temos uma...

Certa vez, um amigo me contava de um cachorro que morava com sua família num sítio. Certo dia, eles tiveram que mudar pra cidade e – durante o caos da mudança – o cachorro ficou o tempo todo no cantinho dele, observando tudo sair do lugar e rumar pra onde ele nem fazia idéia; ele estava bem cabisbaixo na verdade. Quando tudo já estava devidamente empilhado/embrulhado/etiquetado no carro, meu amigo, já na porta de casa, simplesmente olhou pra ele e disse “vamos!”.

O cachorro, então jururu, se levantou num pulo, no outro foi pra cima do meu amigo e começou a lambê-lo num misto de felicidade e alívio.

Ele acreditava que seria deixado pra trás.

Juro que – no atual momento – to me sentindo igual a esse cachorro (o qual nunca guardei o nome... ô memória bandida!): parado num canto enquanto tudo e todos vão de um lado pro outro, ocasionalmente se esbarrando e se arrumando para ir algum lugar do qual eu nada sei; só esperando alguém aparecer na última hora e dizer “Hey, seu besta... vem! A gente não te esqueceu não!”, mas é claro que isso não vai acontecer.

Diferente de uma mudança do sítio pra cidade, as mudanças que presencio são de uma vida pra outra; escolhas importantes que levam a mudanças importantes e conseqüências importantes... esse tipo de coisa que, vez ou outra, chega e balança seu mundinho recém-estabilizado. Nem positivamente, nem negativamente... apenas necessariamente. Confesso que ainda sou muito resistente e birrento quanto à mudanças (ou pelo menos aquelas não iniciadas por mim... Sim, “O” egoísta, eu sei), mas uma hora eu mesmo terei que mudar essa postura. Faz parte da vida.

É isso aí, irmã!


Hasta!

3 comentários:

  1. Morte... meu primeiro amor platônico. =D

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  2. "Fachada" é o conto fechado mais foda de tosa saga de Sandman... tbm lembro dessa histõria direto!!!

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  3. puxa vida, mas essa imagem teve tudo a ver com o post, heim? :)

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