Certa vez, um amigo me contava de um cachorro que morava com sua família num sítio. Certo dia, eles tiveram que mudar pra cidade e – durante o caos da mudança – o cachorro ficou o tempo todo no cantinho dele, observando tudo sair do lugar e rumar pra onde ele nem fazia idéia; ele estava bem cabisbaixo na verdade. Quando tudo já estava devidamente empilhado/embrulhado/etiquetado no carro, meu amigo, já na porta de casa, simplesmente olhou pra ele e disse “vamos!”.
O cachorro, então jururu, se levantou num pulo, no outro foi pra cima do meu amigo e começou a lambê-lo num misto de felicidade e alívio.
Ele acreditava que seria deixado pra trás.
Juro que – no atual momento – to me sentindo igual a esse cachorro (o qual nunca guardei o nome... ô memória bandida!): parado num canto enquanto tudo e todos vão de um lado pro outro, ocasionalmente se esbarrando e se arrumando para ir algum lugar do qual eu nada sei; só esperando alguém aparecer na última hora e dizer “Hey, seu besta... vem! A gente não te esqueceu não!”, mas é claro que isso não vai acontecer.
Diferente de uma mudança do sítio pra cidade, as mudanças que presencio são de uma vida pra outra; escolhas importantes que levam a mudanças importantes e conseqüências importantes... esse tipo de coisa que, vez ou outra, chega e balança seu mundinho recém-estabilizado. Nem positivamente, nem negativamente... apenas necessariamente. Confesso que ainda sou muito resistente e birrento quanto à mudanças (ou pelo menos aquelas não iniciadas por mim... Sim, “O” egoísta, eu sei), mas uma hora eu mesmo terei que mudar essa postura. Faz parte da vida.
É isso aí, irmã!
Hasta!
Morte... meu primeiro amor platônico. =D
ResponderExcluir"Fachada" é o conto fechado mais foda de tosa saga de Sandman... tbm lembro dessa histõria direto!!!
ResponderExcluirpuxa vida, mas essa imagem teve tudo a ver com o post, heim? :)
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