terça-feira, 13 de julho de 2010

Teatro - Carta de um espectro

Cartaz da primeira montagem do espetáculo (novembro de 2008)


Um travesti, um casal lésbico, dois pais preocupados, um garoto descobrindo a própria sexualidade: quatro histórias paralelas que se conectam, um retrato da realidade de várias pessoas que arriscam viver fora da norma de gênero/comportamental/sexual vigente na região do Distrito Federal; essa foi a idéia do diretor Devs Oliveira ao propor um projeto de teatro-forum a ser apresentado (e debatido) nas escolas públicas das cidades-satélites da região de Brasília. Tendo como motivação o crescente número de crimes de ódio contra homossexuais, bissexuais e transgêneros, como influencia o conteúdo ministrado nas aulas de teoria queer, cultura visual e implicações pedagógicas (sim, a mesma disciplina que alimenta as discussões deste blog) e como base depoimentos colhidos de pessoas que vivem fora da norma, o diretor – junto ao elenco – desenvolveu um trabalho dramatúrgico onde tod@s depositaram parte de suas histórias pessoais, seus processos de aceitação e todas suas reflexões sobre o que foi levantado nas entrevistas de campo para, sem seguida, joga-las como questões aos estudantes.

Como dois pais (devidamente conectados e integrados a um sistema) devem lidar com um filho gay? Levando-o ao médico? Ao padre?

Você abriria mão de sua individualidade para se adequar às normas?

Como você lida com o que lhe parece diferente?

(Texto escrito para o blog da turma de estudos em Teoria queer, do Instituto de Artes Visuais da Universidade de Brasília)

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