Pense na seguinte situação: você tem um filho, o cria com todo amor, carinho e dedicação, crente de que – no futuro – ele será alguém exemplar, alguém que lhe encha de orgulho perante seu chefe, seus vizinhos, enfim... perante toda a sociedade. E, de repente, o que o filho de uma cadela faz? MIA!!!
Com exceção das duas últimas frases, a situação pareceu bem familiar, né? Mas ao contrário do que se pensa, estou falando de um livro que li quando tinha 10 anos, lá nos idos de mil-novecentos-e-lá-vai-o-tcham, chamado “É proibido miar”, do Pedro Bandeira. E por que decidi, do nada, falar desse livro? Bom, primeiro porque acabei de encontrá-lo no meio da zon, digo... do acervo, segundo porque foi um dos raros livros que conseguiu me arrancar lágrimas (na época... acabei de relê-lo e nada aconteceu. Acho que estou ficando meio insensível, mas enfim), e terceiro porque – se você parar pra pensar – apesar de um livro puramente infantil (e bobinho, diga-se de passagem) – ele aborda um tema muito comum, não só no âmbito da homofobia, como do preconceito em geral, por parte da família e da sociedade, contra aquilo que é simplesmente diferente.
Dizem que esses contos infantis – sobretudo as fábulas clássicas – sempre vêm carregados de forte lição de moral (e, às vezes, forte conotação sexual, mas isso não vem ao caso agora... ou vêm?) que nem sempre percebemos - pelo menos não conscientemente - e que é bastante engraçado quando, alguns anos depois, você reinterpreta essas histórias e te cai a ficha sobre a mensagem que elas realmente queriam passar... acho que esse livro é um desses casos.
Hasta!
Ah, eu também li esse livro na infância. Bom, eu acho que li quase tudo que lançavam de literatura infantil anos atrás, os benefícios de uma família que incentivava a leitura... *_* Esse é um dos títulos que vale a pena manter numa biblioteca pessoal - e eu pretendo adquirir - pra quem sabe passar para as gerações futuras.
ResponderExcluiradorei o 1900 e lá vai o tcham! XDD
ResponderExcluirparece ser um livro legal para uma criança ler, gostei da sinopse. eu e o cláudio fomos comprar uns meses atrás um livro para a irmã dele que tem seis anos, e tinha uns muito idiotas (coisas tipo "hello kitty nos EUA") e outros muito legais que eu mesma fiquei com vontade de comprar. acho genial a maneira como esse tipo de literatura, quando bem feita, tem um potencial tão positivo.