quinta-feira, 15 de julho de 2010

Miau

Pense na seguinte situação: você tem um filho, o cria com todo amor, carinho e dedicação, crente de que – no futuro – ele será alguém exemplar, alguém que lhe encha de orgulho perante seu chefe, seus vizinhos, enfim... perante toda a sociedade. E, de repente, o que o filho de uma cadela faz? MIA!!!



Com exceção das duas últimas frases, a situação pareceu bem familiar, né? Mas ao contrário do que se pensa, estou falando de um livro que li quando tinha 10 anos, lá nos idos de mil-novecentos-e-lá-vai-o-tcham, chamado “É proibido miar”, do Pedro Bandeira. E por que decidi, do nada, falar desse livro? Bom, primeiro porque acabei de encontrá-lo no meio da zon, digo... do acervo, segundo porque foi um dos raros livros que conseguiu me arrancar lágrimas (na época... acabei de relê-lo e nada aconteceu. Acho que estou ficando meio insensível, mas enfim), e terceiro porque – se você parar pra pensar – apesar de um livro puramente infantil (e bobinho, diga-se de passagem) – ele aborda um tema muito comum, não só no âmbito da homofobia, como do preconceito em geral, por parte da família e da sociedade, contra aquilo que é simplesmente diferente.

Dizem que esses contos infantis – sobretudo as fábulas clássicas – sempre vêm carregados de forte lição de moral (e, às vezes, forte conotação sexual, mas isso não vem ao caso agora... ou vêm?) que nem sempre percebemos - pelo menos não conscientemente - e que é bastante engraçado quando, alguns anos depois, você reinterpreta essas histórias e te cai a ficha sobre a mensagem que elas realmente queriam passar... acho que esse livro é um desses casos.

Hasta!

2 comentários:

  1. Ah, eu também li esse livro na infância. Bom, eu acho que li quase tudo que lançavam de literatura infantil anos atrás, os benefícios de uma família que incentivava a leitura... *_* Esse é um dos títulos que vale a pena manter numa biblioteca pessoal - e eu pretendo adquirir - pra quem sabe passar para as gerações futuras.

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  2. adorei o 1900 e lá vai o tcham! XDD

    parece ser um livro legal para uma criança ler, gostei da sinopse. eu e o cláudio fomos comprar uns meses atrás um livro para a irmã dele que tem seis anos, e tinha uns muito idiotas (coisas tipo "hello kitty nos EUA") e outros muito legais que eu mesma fiquei com vontade de comprar. acho genial a maneira como esse tipo de literatura, quando bem feita, tem um potencial tão positivo.

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