domingo, 10 de janeiro de 2010

Sobre pessoas e frasquinhos...



Sei que já falei sobre algo no falecido fotolog, mas às vezes algumas situações tendem a se repetir and so it goes...

Já não é de hoje que tenho a total convicção de que idade e maturidade ABSOLUTAMENTE não tem o compromisso de andar juntas (na verdade, começo a acreditar que se odeiem a ponto de andar o mais longe possível uma da outra) e uma das maiores razões que me fazem acreditar nisso é a mania quase unânime (não, não estou me excluindo à regra) que temos de tachar e classificar o que há de mais diverso e imprevisível no mundo: nós mesmos!

Quem nunca se pegou taxando determinada pessoa de “emo”, “playboy”, “urso”, “hippie” ou tentando decifrar o comportamento de alguém pelo signo? Eu mesmo me pego fazendo isso à torto e à direito (e, muito frequentemente, dando de cara no chão). É normal, todos fazem... então qual é o problema?

O problema, caro leitor, é quando você encontra pessoas que fazem dessas “taxações” (essa palavra existe?) uma regra, dessas – tão absolutas – que regem todos os seus relacionamentos. Exemplo? Certa vez conheci alguém que classificava as pessoas em 12 tipos... É, os 12 signos zodiacais! E, embora essa pessoa fosse super gente-boa, era putaquecaralhomente frustrante se ver limitado a um rótulo, ainda mais se levarmos em conta a maravilhosa fama que os escorpianos desfrutam (#not!). Mas isso é apenas o caso mais explícito de algo que venho presenciando há anos e que – há anos – me aborrece (e me culpa).

De fato, embora seja beem tentador separar e classificar as pessoas dentro de padrões pré-estabelecidos, fazê-lo – além de muito arriscado e suscetível a gafes – torna-se um hábito muito superficial: pessoas tem milhares de fases (intelectuais, hormonais, temporais) e são suscetíveis e milhares de informações e influências todos os dias; prendê-las dentro de correntes de pensamento (ou de gênero e sexualidade, dependendo do caso) não só – ao meu ver – periga causar as milhares de crises de identidade que temos ao longo da vida (será essa a verdadeira razão?), como limitar todo um enorme potencial. É um hábito cômodo, mas não impossível de ser – no mínimo – amenizado.

(enchi muita lingüiça... é o que dá pseudofilosofar bêbado) o.ô

Hasta!

2 comentários:

  1. As pessoas vivem estereotipando, e é tão normal que dá medo.
    Claro, às vezes isso é inevitável - tipo o caso citado do horóscopo, mas enquanto deu errado pra você, pra mim a maioria deu certo, pro lado bom e pro ruim... =_= (espero que não aconteça tanto nos "casos ruins") - mas tento lembrar que não dá pra classificar as pessoas em padrões. Até porque pode acontecer cada surpresa... E ninguém merece sertachado de previsível, sei lá. Odeio que me rotulem. Se me rotulam é sempre algo que não tem nada a ver comigo (um pré-conceito) ou somente observam meus defeitos. E eu não sou isso. Ninguém é. Todo mundo, por mais previsível que possa parecer, tem algo além...

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  2. o mundo em si é cada vez mais superficial, cada vez mais preocupado com o "parecer" e não com o "ser". todos estão sempre com tanta pressa que é mais fácil rotular do que conhecer algo a fundo e perceber todas as nuances, os pontos "bons", os pontos "maus" (e o que é realmente bom, mal, feio, bonito, hetero, gay?). agora querer se pautar só por isso e sequer inquietar-se vez ou outra numa pseudofilosofia de bêbado que seja já não é mais pressa pós-moderna: é burrice mesmo! aliás, já que você falou em horóscopo, não consigo me segurar, é mais forte do que eu... EU ODEIO ODEIO ODEIO HORÓSCOPO! pra mim é uma das coisas mais bobas, vagas e sem sentido que já inventaram!

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