sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

acelerado/desfocado



“Um dia de cada vez” é uma política que adoto em dias como os que se seguem. O mormaço se intercala com as chuvas passageiras e um límpido céu azul-entediado. Não há nada a se fazer. Quer dizer, redescobri o prazer na velocidade (da bicicleta, já que correr-correr mesmo ainda me é uma impossibilidade) e comecei uma ou outra experiência no ateliê de serigrafia (o que quer dizer que logo poderei produzir meus cartazes... o quê? Sim, serigrafia... Sou meio à moda antiga mesmo), mas no mais... nada parece muito excitante.

Apático? Um pouco. As idéias vêm e vão e não encontro forças para pô-las no papel (ou no computador, vai... tento, mas não consigo fugir completamente dele), assim como alguns problemas e as questões (ah, importantíssimas questões); todos misturados e em constante fluxo - tal qual as correntes marítimas: indo e vindo, passando por mim, tomado de um torpor que bebedeira alguma já conseguiu produzir. Se isso vai passar? Eu realmente espero que sim.

Deposito minhas esperanças na viagem à Manaus; talvez respirar ares diferentes de Brasília/Valparaíso/UnB me animem... e provavelmente animará, já que estou planejando viajar há muito tempo desde o início da “workaholic age” (Buenos Aires? São Paulo? Floripa?... até o Rio de Janeiro entrou na lista!). Mas – quer saber? – pensando agora, talvez seja tudo uma questão de hábito: me acostumei tanto a correr e a viver naquele ritmo frenético que, quando precisei parar, senti um impacto tremendo (e, mesmo depois de passados 7 meses, parece que ainda não consegui me adaptar); medo de que isso só se resolva sentindo um stress igual (ou maior) ao que sentia antes; desde o ano passado mantenho a resolução (ainda não-cumprida) de relaxar mais, a questão é... como um desequilibrado atinge o equilíbrio???

Bom... é uma idéia!

Eis um mistério da fé...

(musiquinha ao fundo)

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