quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

A casa de vidro

“O ser humano é realmente perecível, né?”
(Zizi, depois de saber como eu fudi meu joelho)

É engraçado... às vezes somos tão convictos de nossa dita “superioridade intelectual” sobre as outras espécies que acabamos por extendê-la ao resto do corpo. De fato, o corpo humano é uma máquina incrível: pode se adaptar à maioria dos ambientes e – quando não – conta com um supercomputador orgânico para calcular uma alternativa; dito isto e somando aos crescentes avanços da medicina esportiva e, consequentemente, das cada vez mais assustadoras performances olímpicas, é realmente difícil não acreditar nessa falácia.

Falácia? Pelo menos, pra mim, é o que parece. Acho que – levando em conta todo o ecossistema terrestre – o homem, num aspecto mais físico é apenas mais um animal, mas a mente... esse detalhe faz toda a diferença!

Mas – peraí – já que estamos fazendo separações, ao falar de “mente” estamos falando do cérebro?

Não, caro leitor, ao falar de “mente” me refiro a algo mais abstrato: mente, consciência, ego ou, se preferir, alma.

(Agora ficou mais fácil fazer uma separação, né?)

A despeito da questão religiosa a respeito da existência ou não de alma por parte das outras criaturas terrenas (até porque só usei o termo como exemplo), o que quero é dizer é que há uma diferença básica de composição entre corpo (um amontoado de carbono e outros elementos) e mente (que, dependendo do ponto de vista, pode ser visto basicamente como um campo eletromagnético). Um é extremamente frágil, e o outro... bom, nem tanto (zilhões de teorias a respeito).

Mas – voltas e voltas e palavras coloquiais e achismos à parte – acho que o que eu quero realmente dizer é que, ao contrario do que os quadrinhos e animes de Dragon Ball dizem, você é frágil... eu sou frágil, o seu Zé da portaria é frágil, até o Silvio Santos é frágil (ok, há sérias controvérsias sobre isso, eu sei), então cuide-se. Cuidado com o seu corpo pois – por enquanto - é a única casa que você tem (e aproveite o que ela tem a oferecer, sabe-se lá quando um dos recursos pode ruir ou tornar-se inacessível).

Acho que é isso...

Hasta!

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