sábado, 15 de maio de 2010

Love me, hate me...



Dias atrás (não me pergunte quando, minha memória anda com sérias falhas), estava conversando com o Hemanuel sobre cultura quando ele disse que, pelo menos aparentemente, o “legal” – hoje - era não gostar do que todos gostavam, ir na contra-mão da moda; transgredir o gosto comum. Well, não vou negar que essa idéia parece ser putaquecaralhomente mais interessante do que, simplesmente, seguir o que é –empurrado- oferecido a uma massa (teoricamente) padronizada e homogênea; inclusive sendo essa atitude o estopim pra vários movimentos/revoluções/ressignificações do Status vigente. Mas e quando esse comportamento questionador é motivado por puro modismo?

Isso soou meio contraditório, não? Eu explico: essa teoria (acho que podemos chamá-la assim) é a de que algumas pessoas declaram afinidade/paixão/gosto por algo que não esteja no mainstream e o desprezam logo que cai nas graças do grande público (provavelmente para taxar a si próprio de “alternativo”, mas aí já é uma interpretação minha); o que – no momento – está me fazendo questionar bastante porque eu gosto (ou desgosto) de determinadas coisas. Até onde os seus gostos são determinados pela aceitação (ou a falta de aceitação) da Geral?

Anyway (estou me desvirtuando um pouco do tema), nada contra ter várias referências e – se for o caso – seguir o momento (se você se identifica com aquilo, se te toca de alguma forma, se joga sem medo de ser feliz); mas não consigo deixar de achar estranho (num sentido não-bacana) se declarar fã ardoroso de algo para – 15 minutos depois – rechaçar aquilo com um desprezo glacial. Seria isso uma resposta psicológica (e constatação) da teoria dos “15 minutos de fama” do Warhol ou eu que me impressiono demais? o.ô

Hasta!

Um comentário:

  1. Não chamaria de modinha, já que eu percebo que isso acontece há tempos, de geração em geração... Mas sim, existe a modinha de considerar tudo modinha para se fazer de alternativo. Mas com o tempo - hopefully - percebe-se que o importante é gostar do que gosta e pronto, a opinião dos outros não interessa. Depois de alguns anos é que saberemos se era modinha de fato ou não.

    ResponderExcluir