Assim começa “O teatro de sombras de Ofélia”, livro de Michael “A-história-sem-fim” Ende que conta a história de uma velhinha que, durante toda a vida, se dedicou ao teatro. Tudo bem que não como uma atriz (como ela e os pais queriam), pois Ofélia tinha a voz bem fraquinha, mas mesmo assim uma vida dedicada ao teatro! De como, com o advento de novas tecnologias (TV, rádio, entre outros), seu teatro fechou e ela se viu na rua da amargura e de como – fantasticamente – ela conseguiu dar a volta por cima. É um livro infantil bem bonitinho, com uma história apaixonante (eu, pelo menos, sou apaixonado por essa história até hoje) e que há uns 3 anos atrás tentamos adaptar para o teatro.
"Mas toda sombra tem um dono!" disse Ofélia. "Nem todas!", respondeu Sombra Marota. "Como eu, há muitas sombras sem dono espalhadas por aí!"
(aliás, é o que você mais vai encontrar se pesquisar esse livro na net, referências às montagens teatrais, mas isso não vem ao caso agora...)
Foi uma época legal, exaustiva (como toda boa peça de teatro) e saudosa, por vários motivos, alguns relacionados à peça, alguns não, mas enfim... Também foi uma época em que, armado da minha camerazinha analógica, eu brincava de ser fotógrafo (coisa que, infelizmente, descobri que não sou). Lembrei disso por reencontrar aquelas velhas fotos no meio da bagunça do meu quarto. Bateu aquela saudade e uma vontade de fazer tudo de novo (tanto o teatro de sombras quanto brincar de ser fotógrafo). Quem sabe quando eu sair daqui? =)
Enquanto isso ficam as fotos, as lembranças e as (novas) idéias...
(aaaanja!!!)
Hasta!