“Keep walking” é o que diz o slogan de uma famosa marca de whisky. Indiferentemente ao meu apreço pela bebida (aliás, ODEIO whisky) foi o que sempre fiz na vida; seja pra comprar pão na esquina, se deslocar pelo “minúsculo” campus da UnB simplesmente andar pela cidade em caso de falta de ônibus (ou porque roubaram minha bicicleta no estacionamento da boite, como aconteceu certa vez). Se andar é a tendência natural do ser humano, posso dizer que a sigo muito bem. É legal (ao contrário do que dizem os mais acomodados aos prazeres automobilísticos), é relaxante e te permite um tempinho pra pensar.
A melhor caminhada que eu já acompanhei numa história...
Durante esse fim-de-semana em Inhotim/BH, “andar” foi algo que pude fazer bastante, também pudera: tanto o parque de Inhotim quanto Belo Horizonte em si são
ENORMES (se comparadas ao vilarejo que é Brasília,então, nem se fala) e – durante as voltas e esquinas e ladeiras de ambos tive bastante tempo pra rever várias idéias e planos e sonhos e situações e várias outras coisas que adiei por conta de compromissos ou situações repentinas. Influência por estar longe de casa? Talvez... Mas gosto mesmo de pensar que isso se deu mais pelo fato de andar sem rumo (ou, pelo menos, sem conseguir
chegar a um rumo específico) e sem interferências como o MP3 tocando no último volume.
Às vezes chego seriamente a pensar que, dependendo da caminhada (e da companhia) o ato de andar pode se desdobrar em N significados; e que pode passar do
“se deslocar de um ponto A a um ponto B” para
“transitar entre vários estados físicos/psíquicos/conceituais até chegar a algo... pode ser um lugar, pode ser uma conclusão lógica, mas certamente será algo diferente do inicial”. À primeira vista parece uma desculpa pseudofilosófica pra compensar a pobreza de não comprar um carro, né? Eu sei que soa místico demais, mas foi impossível não pensar nisso entre uma esquina (ou seria uma idéia?) e outra...
Hasta!