domingo, 26 de abril de 2009

Trabalha, Isaura!



Tempos de crise, os empregos estão em baixa, o dinheiro então nem se fala. Isso posto, acho que seria um tanto egoísta fazer a Maria do Bairro e reclamar do excesso de trabalho, certo?

Foda-se, o blog é meu! XD

A questão não é nem o excesso de trabalho em si. Dado que amo o que faço, nisso eu estou muito bem, obrigado! Mas quando você se mata de trabalhar e não tem o devido reconhecimento pela ralação nossa de cada dia, é natural se revoltar, não? Ando pensando nisso enquanto vejo a queda-de-braço entre o Sindicato dos Professores e o Governo do DF que vêm acontecendo. Ok, aí você pensa “Grande novidade. Todo ano os professores fazem greve!”. E realmente isso é um fato bem comum e conhecido, mas o que me chamou a atenção agora foi a o argumento usado pelo GDF para não pagar o aumento proposto, dizendo que – segundo o próprio presidente – o momento é de crise e, portanto, não adequado para se exigir aumento salarial de qualquer espécie. Ok, outra pérola de perspicácia, mas – calma, caro leitor – agora vêm o ponto-chave dessa história...

Nos dias seguintes, numa das raras vezes em que pego um jornal para ver @s últim@s barracos/negligências/tragédias/imoralidades/celebridades-cabeça-oca (deu pra notar que eu ADORO ler os jornais, não?), vejo a notícia da tal “reforma moralizadora” que querem realizar por conta do recente escândalo das passagens aéreas. Coloco a “reforma” assim, entre aspas, porque a primeira coisa que eu (e um monte de gente) notei foi que, enquanto planejam cortar as mordomias relativas às passagens aéreas dos parlamentares, também planejam – quase que para compensar – aumentar seus (paupérrimos, diga-se de passagem) salários.

Daí vem a pergunta: Pra onde foi a crise?

Na verdade, prefiro nem comentar o que se passa do lado de lá pois, além de ser um completo leigo no assunto, sempre acabo me aborrecendo e reafirmando minhas (já) pessimistas teorias sobre poder e política. Mas também não poderia ficar calado quanto à essa história, ainda mais quando eu vejo tanta gente se matando de trabalhar (eu incluso) e recebendo algo tão... como dizer? Indigno por sua força de trabalho. Isso é de brochar qualquer satisfação profissional!



Diante disso tudo, não consigo deixar de lembrar de uma coisa que ouvi o Devs dizer pra alguém há alguns anos:

- Minha querida, não tenho nada contra mentira, mas se quer mentir pra mim, pelo menos mente direito, tá???

E nisso tudo vamos seguindo com a vida...

Hasta!

Um comentário:

  1. Não importa o quanto você faça o que gosta no seu trabalho, essa atividade impreterivelmente sempre vai ser "trabalho" no fim das contas....

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