segunda-feira, 4 de junho de 2012

Poder!


Acho que o que sempre me desagradou nessa história de autoridade e hierarquias é que, em essência, todas parecem se basear em subestimar quem se encontra “por baixo” (ou pelo menos assim sempre me pareceu). Veja bem, desde muito pequenos aprendemos a lidar com as primeiras autoridades de nossas vidas: nossos pais (o que, de certa forma é positivo enquanto nos impede de nos tornarmos escrotos e/ou egoístas) e – com o passar dos anos – muitos deles se acomodam com a imagem de que seus filhos são muito novos e, por isso, possuem uma compreensão (muito) limitada da vida, sem saber do que seus rebentos são realmente capazes ou (às vezes por negação) sem admitir que os mesmos estão crescendo (e/ou se desenvolvendo e/ou mudando).

Depois temos de lidar com os professores, os quais por vezes (por uma questão de ego ou simples acomodação) negligenciam alguns alunos, tomando-os por “inaptos” e evitando qualquer esforço em descobrir sua potencialidade (dos quais, alguns, sem tal conhecimento e estímulo, acabam por aceitar a “inaptidão” e nela permanecendo por inércia).

Policiais, chefes, políticos... a lista de autoridades que muitas vezes subestimam todos a seu redor é grande; cada caso com suas particularidades, mas – essencialmente – iguais.

Penso agora se isso não teria alguma relação com baixa auto-estima (um dos males do século e – como considero – mãe de muitos outros males), mas subitamente lembrei do ditado que diz que “se quiser conhecer realmente alguém, dê-lhe poder” e sua (muito) desastrosa aplicação na experiência de Stanford. De toda forma, continuo com uns três (?) pés atrás com qualquer autoridade, seja ela auto-proclamada ou não. Serei exagerado?



Inté!

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