sábado, 11 de julho de 2009

Bolhas e diamantes...

A despeito da defesa de monografia da Cínthia ontem (aliás parabéns again!... ah, tudo bem; ela não costuma passar por aqui de qualquer forma! ^^”), uma das perguntas que mais tenho ouvido essa semana é justamente a de quando vou me formar...

Taí, também adoraria saber!

Calma, meritíssimo leitor, o que pode parecer uma prova de total descaso com a própria formação, nada mais é que a resposta padrão de alguém que têm feito o diabo-a-oito-de-mini-saia-dançando-a-macarena-e-cantando-“Oh-sole-mio” para levar o próprio curso adiante; mas não percamos o foco e – por favor – voltemos ao assunto em questão.

Dizem que a gente aprende pelo amor ou pela dor... Nem pergunte. :/


Claro que a sensação de se formar numa faculdade deve ser algo indescritível, o orgulho perante a família e os amigos e a sociedade e tals, mas muitas vezes me pego perguntando o porquê de tanta pressa. Digo, é (até certo ponto) compreensível que num mundo cada vez mais exigente e hiperindustrial e acelerado a demanda por mão-de-obra especializada seja crescente e putaquecaralhomente seletiva, mas não é raro ver universitários priorizando a conclusão do curso do que o que realmente se pode aprender nele ou – talvez pior – faculdades oferecendo cursos de menor duração para um rápido ingresso no mercado de trabalho (alguém aí lembrou da peça/intervenção “MEC Student Program”? Juro que foi a primeira coisa que me passou pela cabeça agora).

Acho que não digo uma asneira (muito grande) ao afirmar que o meu ofício não precisa, necessariamente, de um diploma universitário. Não existe curso superior para ser artista plástico, mas sim para Bacharel em crítica e história da arte (e/ou Licenciado em educação artística, dependendo de sua opção) como me disseram assim que entrei na UnB. Tanto é que (marocagem mode ON) em muitos lugares fora do Brasil, o curso de Artes Plásticas é tido como curso técnico e não universitário como aqui (marocagem mode OFF), mas ainda quero conferir direito essa história.

A questão é que, às vezes, sinto como se tudo que me esforçasse em aprender e/ou dominar fosse inútil já que (fato deprimente) o mundo cruel parece se interessar mais em diplomas reluzentes, velozes, vazios e efêmeros como muitos que vemos por aí, os quais – outro fator intrigante – são usados por alguns pais para, orgulhosamente, comparar seus filhos aos dos vizinhos, familiares, colegas de trabalho, etc; numa disputa bem ao estilo “o meu é melhor que o seu”. Sei que pareço estar mudando abruptamente de assunto, mas foram esses dois fatos (as perguntas e o "contar vantagem") que me levaram a pensar nisso essa semana.

No mais? Sigo o meu caminho, querendo absorver o máximo de conhecimento que a UnB puder me dar; me parece o mais certo e o mais digno a se fazer para que, no futuro, possa sair de lá com a mesma maturidade e domínio que o Leo, a Cínthia, o Hemanuel, a Dana e a Cicy. Graças aos deuses posso dizer que nenhum dos meus amigos tem uma bolha de sabão como diploma...

...eles tem diamantes! XD

Hasta!

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